Funai interdita 343 km de área com presença de indígenas isolados no Amazonas
Manaus, 12 de dezembro de 2024 – A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) interditou 343 quilômetros quadrados de área na região do rio Javari, no Amazonas, devido à presença de indígenas isolados. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (12), visa proteger esses povos de possíveis conflitos e garantir a sua integridade física e cultural.
A área interditada abrange terras tradicionalmente ocupadas por indígenas isolados e de recente contato, e está localizada em uma região conhecida pela sua rica biodiversidade e pela presença de diversos grupos indígenas, incluindo aqueles que mantêm o isolamento voluntário. A interdição proíbe a entrada de pessoas e veículos na região, exceto em casos previamente autorizados pela FUNAI, como ações de monitoramento e proteção dos povos indígenas. A medida é considerada crucial para a preservação da cultura e da saúde desses grupos, que são extremamente vulneráveis a doenças e conflitos externos.
A decisão da FUNAI se baseia em dados coletados por meio de monitoramento aéreo e terrestre, que apontaram a presença de indígenas isolados na área. A instituição ressalta a importância da preservação do isolamento desses povos, garantindo-lhes o direito à autodeterminação e à proteção de seus territórios ancestrais. A interdição é um instrumento legal fundamental para a prevenção de invasões e atividades ilegais que colocam em risco a sobrevivência desses grupos. A FUNAI reforça seu compromisso com a proteção dos direitos dos povos indígenas e afirma que continuará monitorando a área para garantir o cumprimento da interdição. A fiscalização da região interditada será intensificada para evitar qualquer tipo de atividade ilegal dentro da área demarcada.
A interdição de 343 km² representa um importante passo na proteção dos indígenas isolados no Amazonas, reforçando a atuação da FUNAI na defesa dos direitos e da integridade desses povos. A medida demonstra o compromisso do órgão com a preservação da cultura e da identidade desses grupos, que desempenham um papel fundamental na manutenção da biodiversidade da Amazônia. A FUNAI espera que a interdição contribua para a garantia da permanência desses povos em seus territórios tradicionais, livres de ameaças e pressões externas.