França se prepara para a queda do governo menos de 100 dias após primeiro-ministro assumir



Paris, 4 de dezembro de 2024 – A França enfrenta uma grave crise política, com a possibilidade iminente da queda do governo menos de 100 dias após a posse do primeiro-ministro, Élisabeth Borne. A instabilidade, que já vinha assolando o país, se agravou significativamente nas últimas semanas, colocando em xeque a capacidade do executivo de governar e gerando incertezas sobre o futuro da nação.

Segundo pesquisas de opinião, a aprovação do governo de Borne despencou para níveis preocupantes. Apenas 29% dos franceses aprovam a gestão da primeira-ministra, enquanto 71% a desaprovam. Este cenário de rejeição massiva reflete a crescente insatisfação popular com as políticas econômicas e sociais implementadas pelo governo, especialmente em relação à crise do custo de vida e à reforma das pensões, que gerou protestos generalizados no início do ano.

A situação é ainda mais delicada devido à fragilidade da maioria parlamentar. O partido de Borne enfrenta uma oposição veemente e dividida, que explora a baixa popularidade do governo para pressionar por mudanças significativas ou mesmo exigir novas eleições. A possibilidade de uma moção de censura, que poderia derrubar o governo, é cada vez mais cogitada nos bastidores políticos franceses.

Analistas políticos alertam para o risco de uma crise institucional profunda caso o governo caia. A instabilidade política poderia afetar negativamente a economia francesa, já fragilizada pelos desafios globais, e prejudicar a credibilidade do país no cenário internacional. A incerteza quanto ao futuro político da França aumenta a apreensão entre investidores e cidadãos.

Diante do quadro crítico, a primeira-ministra Borne se encontra em uma situação extremamente delicada. Ela precisa encontrar uma forma de reverter a queda de popularidade e recuperar a confiança da população e do parlamento. Caso contrário, a queda do governo parece ser apenas uma questão de tempo, mergulhando a França em uma profunda crise política. Os próximos dias serão cruciais para o futuro da estabilidade política francesa.

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