Fornecedora rebate empresa e diz que água que contaminou mais de 700 funcionários é da fábrica
Fortaleza, 28 de novembro de 2024 – Mais de 700 funcionários de uma empresa cearense passaram mal após consumir água contaminada fornecida pela empresa Águas do Ceará. A fornecedora, no entanto, rebate as acusações e aponta a própria empresa como responsável pelo incidente, alegando falhas na manutenção do sistema de tratamento interno. O caso gerou revolta entre os trabalhadores e levanta questionamentos sobre a responsabilidade na cadeia de fornecimento de água potável.
A empresa, que não teve o nome divulgado pela reportagem do G1, informou que mais de 700 de seus funcionários apresentaram sintomas como vômitos e diarreia após o consumo da água fornecida pela Águas do Ceará. Os sintomas começaram a aparecer na última quarta-feira, dia 27 de novembro, gerando pânico e levando a empresa a suspender o uso da água fornecida e a buscar atendimento médico para os seus funcionários. A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará foi notificada sobre o caso.
A Águas do Ceará, por sua vez, nega responsabilidade pela contaminação. Segundo a fornecedora, a água entregue à empresa atendia aos padrões de potabilidade exigidos pela legislação, e a contaminação teria ocorrido após a água deixar suas instalações. A empresa alega que a responsabilidade pela manutenção e tratamento final da água antes do consumo dos funcionários era da empresa consumidora. A Águas do Ceará afirma que possui laudos que comprovam a qualidade da água fornecida, e que irá apresentar as documentações pertinentes às autoridades.
A discrepância entre as versões da empresa e da fornecedora de água deixa uma questão crucial sem resposta: onde exatamente ocorreu a contaminação? As investigações das autoridades sanitárias serão fundamentais para esclarecer os fatos e determinar responsabilidades. Enquanto isso, os funcionários afetados buscam recuperação, e a confiança na qualidade da água fornecida a empresas cearenses fica abalada. O caso serve como um alerta sobre a necessidade de rigoroso controle de qualidade em todas as etapas da cadeia de fornecimento de água potável, desde a captação até o consumo final. A falta de clareza sobre os fatos, e a divergência entre as partes envolvidas, mantém a população em alerta e aguarda-se ansiosamente pela conclusão das investigações e punição dos culpados, caso sejam constatadas falhas por parte da Águas do Ceará ou da empresa consumidora.