‘Foi racismo. Dói demais’, diz mãe de aluna discriminada por professora por causa do cheiro do cabelo em SP



Mãe acusa professora de racismo após comentário sobre cheiro do cabelo da filha em escola de SP

Ribeirão Preto (SP) – 04/12/2024 – Uma mãe acusa uma professora de racismo após a educadora ter feito comentários sobre o cheiro do cabelo de sua filha, uma aluna do 5º ano do ensino fundamental em uma escola particular de Ribeirão Preto. A denúncia, feita à reportagem do G1, gerou indignação e destaca a necessidade de combate ao racismo estrutural, mesmo em ambientes aparentemente protegidos como as escolas.

Segundo a mãe, que preferiu não ser identificada para preservar a identidade da filha, o incidente ocorreu na última semana. A professora teria afirmado que o cabelo da criança “cheirava mal”, causando constrangimento e sofrimento à aluna. A mãe relatou a profunda tristeza da filha, que se sentiu envergonhada e humilhada na frente dos colegas. A indignação da mãe se expressou com a frase: “Foi racismo. Doeu demais”. A afirmação da mãe reforça a percepção de que o comentário não foi apenas uma crítica ao cheiro, mas sim um ataque direcionado à sua identidade racial, associando erroneamente o odor natural do cabelo afro à falta de higiene.

A escola, identificada como a Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. Procurada pela reportagem, a instituição não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria. A falta de resposta imediata por parte da escola aprofunda a preocupação com a maneira como o caso será tratado e se medidas efetivas serão tomadas para garantir a segurança e o bem-estar da aluna e prevenir situações semelhantes no futuro. A mãe da criança busca, agora, amparo legal e espera que a escola tome providências para que o incidente não se repita e que a professora seja responsabilizada pelo ato de discriminação.

A denúncia ressalta a importância da conscientização sobre o racismo em todas as esferas da sociedade, incluindo o ambiente escolar. A escola, como um espaço de aprendizado e formação cidadã, tem a responsabilidade de garantir um ambiente inclusivo e livre de qualquer tipo de preconceito. A falta de resposta da escola, até o momento, reforça a urgência da discussão sobre como combater o racismo estrutural e a necessidade de treinamentos para professores que os capacitem a lidar com a diversidade racial de forma respeitosa e inclusiva. O caso serve como um alerta para a necessidade de maior atenção e diálogo sobre a temática, visando a construção de um ambiente escolar mais justo e igualitário para todos os alunos.

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