Filho de desembargador é preso em operação que investiga venda de liminares para soltar presos, no Ceará



Filho de desembargador é preso em operação que investiga venda de liminares em plantões judiciais no Ceará

– Em uma operação que investiga a venda de liminares em plantões judiciais no Ceará, a Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (05), o filho de um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE). A investigação, batizada de “Operação Liminar”, já havia cumprido 13 mandados de busca e apreensão em Fortaleza e outras cidades do estado, incluindo o escritório do desembargador. O filho do magistrado, cuja identidade não foi divulgada, é suspeito de ter intermediado a venda de decisões judiciais em troca de dinheiro.

A investigação teve início há seis meses após denúncias anônimas que apontavam a existência de um esquema de corrupção dentro do Poder Judiciário cearense. A Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público, iniciou a investigação e conseguiu reunir provas suficientes para solicitar os mandados de busca e apreensão.

A operação da Polícia Civil encontrou documentos, computadores e celulares que podem conter informações sobre o esquema. Além do filho do desembargador, outros investigados também foram presos durante a operação. As autoridades não divulgaram a quantidade de pessoas presas, nem a identidade dos demais envolvidos, alegando que a investigação ainda está em andamento.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, a prática de venda de liminares é um crime grave que causa grande prejuízo à sociedade. “Essa prática corrompe o sistema judicial e prejudica a justiça, além de prejudicar a credibilidade das instituições”, afirmou o delegado.

O Tribunal de Justiça do Ceará se manifestou por meio de nota, informando que acompanha a investigação da Polícia Civil e que colabora com as autoridades para esclarecer os fatos. A nota também ressalta que o TJCE repudia qualquer tipo de irregularidade e que tem o compromisso de zelar pela justiça e pela ética.

A operação “Liminar” ainda está em andamento e a Polícia Civil investiga a extensão do esquema de corrupção. As autoridades esperam que a investigação seja concluída em breve e que os responsáveis sejam punidos com rigor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *