Familiares voltam ao local de deslizamento que deixou pai e filha mortos para procurar documentos das vítimas; ‘A gente perdeu tudo’
MANAUS – A dor da perda se mistura à luta pela recuperação de documentos. Na manhã desta segunda-feira (20), familiares das vítimas do deslizamento de terra ocorrido na comunidade Novo Israel, zona norte de Manaus, retornaram ao local da tragédia em busca de pertences e documentos pessoais. O desabamento, provocado pelas fortes chuvas que atingiram a capital amazonense, vitimou um pai e sua filha.
O deslizamento aconteceu na última sexta-feira (17), em uma área de encosta instável na comunidade Novo Israel. Segundo relatos, a chuva intensa provocou o desabamento, soterrado duas casas e resultando na morte de Francineide de Oliveira e seu pai, identificado apenas como “Seu Raimundo”, de 72 anos. O número exato de casas afetadas não foi divulgado pela reportagem do G1.
De acordo com a família, além da perda inestimável de seus entes queridos, o deslizamento causou a perda de todos os seus bens materiais. “A gente perdeu tudo”, lamentou um familiar que preferiu não ser identificado, descrevendo a cena desoladora do local e a dificuldade em lidar com o luto e a falta de documentos. A busca por documentos como identidade e certidões de nascimento se tornou crucial para o início dos trâmites burocráticos necessários para lidar com as consequências da tragédia, incluindo o recebimento de possíveis auxílios.
A família relatou dificuldades adicionais na busca pelas documentações, uma vez que a área do deslizamento permanece instável e perigosa, o que dificulta a busca por pertences. Não há informações sobre ações do poder público em relação ao apoio à família e quanto à estabilização da área.
A tragédia na comunidade Novo Israel expõe a vulnerabilidade de moradores de áreas de risco em Manaus frente às fortes chuvas que têm castigado a cidade. A busca por documentos pelas famílias das vítimas reflete não apenas a dor da perda, mas também a luta pela reconstrução de suas vidas após o desastre. A falta de informações sobre ações do poder público e a situação da área comprometida reforçam a necessidade de políticas de prevenção e auxílio às famílias em situações de risco.