Família diz que mestre de capoeira morreu por negligência médica em hospital público de Caxias após AVC; foram encontradas larvas no nariz do paciente



Caxias, RJ – 10 de janeiro de 2025 – A família de Moisés da Silva, mestre de capoeira de 63 anos, acusa negligência médica no Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues de Alcântara, em Caxias, após sua morte em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A denúncia se agrava com a descoberta de larvas no nariz do paciente após o óbito.

Segundo relatos da família à reportagem do G1, Moisés deu entrada na unidade hospitalar no dia 2 de janeiro, após sofrer um AVC. A família afirma que, desde a admissão, observou falhas graves no atendimento. A principal reclamação se refere à falta de higiene e à ausência de cuidados básicos, o que teria contribuído para o aparecimento de larvas no nariz do paciente. Imagens que mostram o estado em que Moisés foi encontrado, com as larvas, foram compartilhadas com a reportagem.

“Meu pai foi deixado de lado, ninguém cuidava dele direito. A situação de higiene era péssima, faltavam profissionais, e ele ficou sem o acompanhamento adequado”, relatou um dos filhos de Moisés, que preferiu não se identificar. A família alega que solicitou assistência médica reiteradamente, mas que suas queixas foram ignoradas.

Após a morte de Moisés, ocorrida no dia 6 de janeiro, um exame de corpo de delito constatou a presença de larvas no nariz do paciente. A família afirma que isso comprova a gravidade da negligência que teria ocorrido no hospital. Um boletim de ocorrência foi registrado e a família busca justiça, responsabilizando o hospital pela morte do mestre de capoeira. A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias foi procurada para se posicionar sobre o caso, mas até o momento não houve resposta.

A denúncia de negligência médica e a descoberta de larvas no nariz do paciente geram grande indignação e levantam sérias questões sobre a qualidade do atendimento em hospitais públicos da região. A família de Moisés espera que as investigações esclareçam os fatos e que os responsáveis sejam responsabilizados. O caso reforça a necessidade de melhorias significativas na estrutura e no atendimento prestado nos hospitais públicos, garantindo a dignidade e o bem-estar dos pacientes.

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