Família denuncia intolerância religiosa em hospital no sul da Bahia após psicóloga impedir visita de pastor a paciente em UTI
Família denuncia intolerância religiosa em hospital de Ilhéus, Bahia
Ilhéus, Bahia – 22/01/2025 – Uma família denunciou um caso de intolerância religiosa no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, na Bahia. A denúncia, feita na segunda-feira (21), relata que um membro da equipe médica teria se recusado a atender a paciente, identificada apenas como Dona Maria, alegando desconforto com o uso de um terço, pertencente à fé católica da paciente.
De acordo com o relato dos familiares, Dona Maria, que precisava de atendimento médico urgente, foi atendida com demora e, segundo a família, de forma grosseira pela equipe médica. A demora no atendimento teria se dado devido à objeção da equipe médica ao terço que a paciente utilizava. A família afirma que a equipe médica demonstrou constrangimento e intolerância com a demonstração religiosa da paciente. Os familiares descrevem o ocorrido como um ato de discriminação religiosa que causou sofrimento adicional a Dona Maria, que já se encontrava em situação delicada de saúde.
A família de Dona Maria registrou uma queixa formal junto à direção do hospital, buscando apuração dos fatos e medidas para que situações semelhantes não se repitam. A direção do Hospital Regional Costa do Cacau ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A reportagem tentou contato com o hospital para obter um posicionamento, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
O caso gera preocupação sobre a garantia de direitos e respeito à diversidade religiosa dentro de estabelecimentos de saúde. A Constituição Brasileira garante a liberdade religiosa, e a discriminação por motivos religiosos é considerada um crime. A família da paciente espera que as autoridades competentes investiguem a denúncia e adotem as providências cabíveis. O episódio destaca a necessidade de conscientização e treinamento das equipes de saúde sobre o respeito às crenças e práticas religiosas dos pacientes, assegurando um atendimento digno e isento de preconceitos. Acompanharemos o desenvolvimento deste caso e informaremos sobre quaisquer desdobramentos.