Família de idosa trocada por erro de Santa Casa em SP após morte vai acionar Justiça: ‘Isso jamais deve acontecer’
Família de idosa trocada por erro na Santa Casa de Ribeirão Preto acionará a Justiça
Ribeirão Preto, 3 de dezembro de 2024 – A dor da perda se agravou para a família de Maria de Lourdes Ferreira, 83 anos, que teve o corpo trocado por erro na Santa Casa de Ribeirão Preto após seu falecimento em 29 de novembro. A instituição hospitalar reconheceu a falha e, em nota, se desculpou publicamente, mas a família afirma que irá acionar a Justiça para buscar reparação pelo ocorrido. A troca envolveu o corpo de outra paciente, que também faleceu no mesmo dia.
Segundo relatos de familiares à reportagem do G1, a confusão ocorreu durante o processo de liberação do corpo de Maria de Lourdes. A família recebeu um corpo que não correspondia aos traços da idosa, gerando indignação e sofrimento adicionais em um momento já de extrema fragilidade emocional. Somente após insistência e novas verificações, foi constatado o erro por parte da Santa Casa. O hospital confirmou a troca e lamentou profundamente o ocorrido, classificando-o como “um erro grave e lamentável”. A instituição afirmou estar colaborando integralmente com as autoridades e com a família para apurar as circunstâncias do caso. A nota oficial da Santa Casa não detalhou os procedimentos internos que levaram à troca, nem quais medidas serão tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam.
Para a família de Maria de Lourdes, o pedido de desculpas não é suficiente. “Isso jamais deve acontecer”, afirmou um familiar em entrevista ao G1, ressaltando a gravidade do erro e a dor adicional imposta. A decisão de recorrer à Justiça visa não apenas uma compensação financeira, mas também a responsabilização da Santa Casa e a garantia de que medidas sejam implementadas para evitar que outros familiares passem pela mesma experiência traumática. A família ainda não definiu os termos exatos da ação judicial, mas pretende buscar reparação pelos danos morais causados.
O caso expõe falhas graves nos protocolos de identificação e manejo de corpos em hospitais, levantando questionamentos sobre a segurança e a eficiência dos procedimentos adotados pela Santa Casa de Ribeirão Preto. A espera pela resolução judicial serve como um alerta para a necessidade de maior rigor e transparência na gestão dos processos hospitalares, principalmente em momentos tão sensíveis como o de perda de um ente querido. A investigação completa do ocorrido e as medidas tomadas pela Santa Casa para evitar novas tragédias serão crucial para restaurar a confiança na instituição.