Família alega cobrança abusiva de preços para guardar restos mortais de idosos no Cemitério da Saudade, em SP; preço subiu mais de 5 vezes
– Uma família de São Paulo denuncia cobrança abusiva por jazigos no Cemitério da Saudade, um dos mais tradicionais da capital paulista. Segundo a família, o preço para guardar os restos mortais de dois idosos, um casal, aumentou quase 10 vezes em um período de três anos, passando de R$ 1.000 para R$ 9.500.
De acordo com a família, o aumento exorbitante se deu sem qualquer aviso prévio e sem justificativa plausível. A administração do cemitério justifica o reajuste alegando “aumento do custo de manutenção”, mas a família questiona a falta de transparência e a disparidade entre os custos informados e o valor cobrado.
A família, que preferiu não se identificar, relata o sentimento de revolta e impotência ao se deparar com a situação. “É um absurdo o que eles estão fazendo. É como se estivessem se aproveitando da nossa dor”, disse um familiar. “É um desrespeito com a memória dos nossos entes queridos”, completou.
O caso da família ilustra uma crescente preocupação com a gestão de cemitérios públicos e a falta de transparência nos reajustes de preços. Com a alta demanda por jazigos, principalmente nas grandes cidades, os cemitérios se veem em uma posição de poder, o que pode resultar em práticas abusivas.
A família já entrou em contato com o Procon e com o Ministério Público para buscar uma solução para o caso. A administração do Cemitério da Saudade, por sua vez, se recusou a comentar o caso, alegando que o assunto é de caráter “privado”.
O caso serve como um alerta para a necessidade de maior fiscalização e controle por parte do poder público sobre a gestão de cemitérios e a cobrança por serviços funerários. A transparência e o respeito aos familiares dos falecidos devem ser priorizados em todos os momentos.