Explosões em Brasília: Moraes liga atentado ao ‘gabinete do ódio’ e condena anistia a golpistas
Explosões em Brasília: Moraes liga ataques a “gabinete do ódio” e condena pedidos de anistia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, condenou nesta segunda-feira (12/12) os ataques terroristas ocorridos em Brasília no último domingo (11/12). Em uma série de postagens no Twitter, Moraes afirmou que os atos criminosos representam um ataque à democracia e à ordem constitucional. Ele classificou as ações como “atos de terrorismo” e “tentativa de golpe de Estado”.
O ministro relacionou os ataques ao “gabinete do ódio”, grupos que disseminam mensagens de ódio, desinformação e incitam a violência nas redes sociais. “Os atos terroristas de ontem em Brasília, com a depredação de prédios públicos e o ataque à democracia, não serão tolerados. As investigações estão em andamento e os responsáveis serão responsabilizados”, escreveu Moraes.
O ministro também se posicionou contra os pedidos de anistia para os presos em decorrência dos atos. “O Estado Democrático de Direito não admite anistia para crimes de terrorismo, incitação à violência e tentativa de golpe de Estado”, afirmou.
Os ataques à democracia em Brasília começaram na tarde de domingo (11/12), quando manifestantes, muitos deles vestidos com camisas da Seleção Brasileira, invadiram e depredaram a sede do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acusada de omissão e de ter facilitado a invasão dos prédios públicos.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que era responsável pela segurança pública do Distrito Federal no dia dos ataques. Torres foi preso em Orlando, na Flórida (Estados Unidos), e deve ser extraditado para o Brasil.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias por ordem do STF, após a invasão dos prédios públicos. A decisão foi tomada após a constatação de omissão da Polícia Militar do Distrito Federal em conter os manifestantes.
Os atos terroristas em Brasília geraram repúdio nacional e internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou os ataques como um “ato de vandalismo” e afirmou que os responsáveis serão punidos. A comunidade internacional também condenou os atos, com líderes de diversos países manifestando solidariedade ao Brasil e defendendo a democracia.
A investigação sobre os ataques está em andamento e as autoridades prometem apurar as responsabilidades e punir os envolvidos.