Explosões em Brasília: autor do atentado planejava desde 2022 ‘eliminar os ministros do STF’, diz ex-companheira à PF
“Queria eliminar os ministros do STF”: Autor de atentados em Brasília planejava ataques desde 2022, diz ex-companheira à PF
Brasília, 14 de novembro de 2024 – O homem que detonou explosivos em Brasília na última segunda-feira (11), George Washington de Oliveira Sousa, planejava os ataques desde 2022, com o objetivo de eliminar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo depoimento de sua ex-companheira à Polícia Federal (PF). Ela afirmou que o suspeito, que morreu após ser atingido por um tiro da Polícia Militar durante a tentativa de invasão à sede da Corte, falava frequentemente sobre a necessidade de “limpar” o país.
A ex-companheira de Sousa, que não teve o nome divulgado, disse aos agentes da PF que ele era “extremamente radical” e que havia comprado os explosivos para “destruir tudo” e “matar os ministros”. Ela ainda relatou que Sousa frequentemente assistia a vídeos de cunho extremista e que demonstrava uma profunda admiração por Jair Bolsonaro.
Os ataques em Brasília, que incluíram a explosão de um artefato em frente ao STF e uma bomba artesanal no Aeroporto Internacional de Brasília, causaram pânico na capital e levantaram um alerta sobre a escalada da violência política no país.
Após a identificação do suspeito, a PF realizou buscas em sua casa, em Ceilândia (DF), apreendendo armas de fogo, munições e materiais explosivos. As investigações também revelaram que Sousa havia se hospedado em um hotel em Brasília nos dias que antecederam os atentados, o que sugere que ele planejou os ataques com antecedência.
O caso, que ganhou repercussão nacional, reforça a necessidade de ações para combater a escalada da violência política e a propagação de discurso de ódio, especialmente em meio a um cenário polarizado e de fragilidades institucionais. A investigação da PF segue em andamento para apurar a motivação dos ataques e identificar possíveis cúmplices.