Executivos do petróleo marcam presença na COP29 e ONGs denunciam lobistas



Executivos do petróleo marcam presença na COP29 e ONGs denunciam intensificação do lobby

Brasília, 27 de novembro de 2024 – A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP29), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, já enfrenta críticas antes mesmo do seu encerramento oficial. A presença maciça de executivos de empresas petrolíferas, segundo denúncias de ONGs, sinaliza uma intensificação do lobby da indústria fóssil no evento, ameaçando o avanço das negociações climáticas.

A reportagem da CartaCapital revela que um número significativo de representantes do setor petrolífero está presente na COP29. Embora não haja um número preciso divulgado publicamente, a presença desses executivos é considerada significativa o suficiente para gerar preocupação em organizações não-governamentais que monitoram as negociações climáticas. As ONGs afirmam que essa forte presença corporativa facilita a influência direta sobre as decisões políticas, prejudicando a ambição das metas de redução de emissões.

Segundo as denúncias, as empresas estão utilizando estratégias de lobby para influenciar as negociações em seu benefício, buscando minimizar o impacto das políticas climáticas sobre seus lucros. A estratégia, segundo as ONGs, inclui encontros privados com delegados governamentais, financiamento de eventos paralelos e a disseminação de informações que minimizam a gravidade da crise climática e a urgência da transição para fontes de energia renováveis.

O impacto dessa influência do lobby da indústria de combustíveis fósseis é motivo de grande preocupação. A possibilidade de acordos climáticos menos ambiciosos é uma realidade que coloca em risco os esforços globais para conter o aquecimento global e suas consequências devastadoras. As ONGs alertam para a necessidade de maior transparência nas negociações e mecanismos mais eficazes para conter a influência indevida de grandes corporações.

A COP29, portanto, enfrenta um desafio considerável: equilibrar as pressões do lobby da indústria de combustíveis fósseis com a urgência da ação climática. A eficácia das negociações e a capacidade de alcançar compromissos ambiciosos dependerão da capacidade dos negociadores governamentais de resistir a essas pressões e priorizar a proteção do planeta e das futuras gerações. A vigilância da sociedade civil e a pressão pública serão fundamentais para garantir a transparência e a efetividade das decisões tomadas durante a conferência.

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