Excesso de telas em crianças pode causar sintomas que se confundem com autismo?



Excesso de telas em crianças pode mascarar sintomas de autismo, alertam especialistas

– O tempo excessivo que crianças passam diante de telas pode gerar sintomas que se confundem com os do Transtorno do Espectro Autista (TEA), alertaram especialistas. Uma pesquisa recente, embora não especifique percentuais, destaca a dificuldade em diferenciar os efeitos do uso prolongado de telas dos sintomas do autismo em crianças. Essa sobreposição de sintomas preocupa profissionais da saúde, que veem a necessidade de maior atenção e investigação para um diagnóstico preciso.

A pesquisa, cujos detalhes não foram divulgados completamente na matéria, aponta para uma série de comportamentos que podem ser desencadeados pelo uso excessivo de telas e confundidos com características do autismo. Entre eles estão dificuldades de comunicação social, déficits de atenção e hiperatividade. A exposição prolongada a telas pode afetar o desenvolvimento neurológico infantil, impactando habilidades sociais cruciais, como a interação face a face e a compreensão de expressões faciais e linguagem corporal. A falta de interação social, por exemplo, um comportamento observado tanto em crianças com TEA quanto em crianças que passam muito tempo em frente às telas, dificulta o diagnóstico diferencial.

A dificuldade de distinguir os sintomas se torna ainda maior em casos de crianças que já apresentam predisposição genética ao autismo. A interação entre a genética e o excesso de telas, segundo os especialistas, requer investigação mais aprofundada para se compreender a extensão da influência desses fatores no desenvolvimento infantil. Ainda não há dados quantitativos precisos sobre a frequência com que isso ocorre, mas a preocupação entre os profissionais é significativa.

Especialistas reforçam a importância do acompanhamento pediátrico regular para um diagnóstico preciso. Uma avaliação completa, que considere o histórico familiar, o comportamento da criança em diferentes contextos e a quantidade de tempo que ela passa em frente às telas, é fundamental para diferenciar os efeitos do uso excessivo de tecnologia de um quadro de autismo. A intervenção precoce, seja para tratar o autismo ou para mitigar os efeitos negativos do uso excessivo de telas, é crucial para o desenvolvimento saudável da criança.

Em conclusão, a pesquisa destaca a complexa interação entre o uso excessivo de telas e o desenvolvimento infantil, especialmente no que diz respeito à possibilidade de mascarar sintomas de autismo. A conscientização dos pais e profissionais da saúde sobre essa problemática é fundamental para garantir diagnósticos precisos e intervenções adequadas, assegurando o bem-estar e o desenvolvimento pleno das crianças.

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