Ex-sócio de laboratório fechado por infecção de órgãos com HIV volta a cargo na prefeitura de Nova Iguaçu



Nova Iguaçu, Rio de Janeiro – 28 de fevereiro de 2024 – A polêmica envolvendo o laboratório “Labocal”, fechado em 2022 após denúncias de contaminação de órgãos por HIV, ganhou um novo capítulo. Carlos Magno de Souza, ex-sócio da empresa, retornou a um cargo comissionado na Prefeitura de Nova Iguaçu. A nomeação, publicada no Diário Oficial do município em 15 de fevereiro, gerou indignação entre a população e reacendeu o debate sobre a fiscalização e responsabilidades em casos de negligência na área da saúde.

A suspensão do Labocal ocorreu após investigações que apontaram falhas graves nos procedimentos de esterilização, culminando na contaminação de pacientes com o vírus HIV. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a empresa e seus sócios em 2022. O caso chocou o país, expondo a fragilidade do sistema de saúde e a falta de rigor em alguns laboratórios. A denúncia do MPRJ alegou que o laboratório utilizava seringas e outros materiais sem a devida esterilização, colocando em risco a saúde de centenas de pacientes. Embora não haja números exatos divulgados na reportagem original sobre a quantidade de pessoas afetadas, a gravidade do caso é inegável, com potenciais consequências para a vida de inúmeros cidadãos.

A volta de Carlos Magno de Souza a um cargo público, mesmo após o envolvimento no caso do Labocal, tem gerado grande repercussão negativa. A população questiona a falta de punição e a aparente falta de critérios na escolha dos funcionários públicos. A nomeação suscita dúvidas sobre a transparência e a responsabilidade da Prefeitura de Nova Iguaçu em lidar com um caso de tamanha gravidade. Até o momento, a prefeitura não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

A situação deixa evidente a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o ocorrido no Labocal e uma apuração rigorosa das responsabilidades de todos os envolvidos. A nomeação de Carlos Magno de Souza ressalta a urgência de medidas efetivas para garantir a segurança e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população e para que casos como este não se repitam. A falta de uma posição oficial da prefeitura também deixa em aberto a possibilidade de novas manifestações populares e a intensificação das cobranças por transparência e justiça.

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