Ex-militar é condenado a 15 anos de prisão nos EUA por vazar documentos classificados
Ex-militar dos EUA é condenado a 15 anos de prisão por vazar documentos classificados
– Daniel Hale, um ex-analista de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, foi condenado nesta quarta-feira a 15 anos de prisão por vazar documentos classificados para o site WikiLeaks em 2013. A sentença foi proferida pela juíza federal Leonie Brinkema, que considerou a gravidade das informações divulgadas e a intenção de Hale de causar danos à segurança nacional.
Hale, de 33 anos, foi considerado culpado em julho de 2022 por seis acusações de violação da Lei de Espionagem. Ele alegou que tinha a intenção de expor as atrocidades cometidas pelas forças americanas no Iraque e Afeganistão, incluindo ataques a civis e o uso de drones. No entanto, o juiz argumentou que Hale não tinha justificativa para suas ações e que a divulgação de informações confidenciais poderia ter prejudicado a segurança nacional.
O Ministério Público pediu uma pena de prisão de 45 anos, enquanto a defesa solicitou apenas 18 meses. A sentença de 15 anos é significativamente menor do que a solicitada pelo governo, mas ainda é a mais alta já aplicada a alguém por vazar documentos classificados para o WikiLeaks.
A condenação de Hale é vista como um sinal do rigoroso tratamento que os EUA dão àqueles que vazam informações confidenciais para o público. O governo americano defende que a divulgação de tais informações pode colocar em risco a segurança nacional e comprometer as operações militares.
A defesa de Hale afirmou que ele agiu por razões de consciência e que deveria ser tratado como um denunciante, não como um traidor. O caso levanta questões complexas sobre o direito à liberdade de expressão versus a necessidade de proteger informações confidenciais.
Hale, em um pronunciamento antes da sentença, disse que não se arrepende de suas ações e que se sente honrado por ter exposto a verdade sobre as atrocidades cometidas pelas forças americanas.