Evo Morales diz que ordem de prisão é perseguição de ‘Justiça servil’ ao governo Arce
Evo Morales acusa governo boliviano de perseguição política
– O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta terça-feira (21) o que classificou como uma perseguição política por parte do governo de Luis Arce, após uma ordem de prisão contra ele ser emitida. Morales afirma que a ordem judicial é parte de uma estratégia de perseguição promovida por um sistema de justiça “servil” ao atual governo.
A ordem de prisão, emitida pelo juiz Waldo Albarracín, está relacionada a um processo que acusa Morales de sedição e terrorismo. As acusações giram em torno dos protestos de 2019 que levaram à sua renúncia. Morales rechaça veementemente as acusações, afirmando que se trata de uma tentativa de silenciá-lo e impedir sua participação na vida política boliviana. Ele se encontra atualmente exilado na Argentina.
Em declarações à imprensa, Morales descreveu a ordem judicial como uma “perseguição política” e uma “demonstração clara da falta de independência da justiça boliviana”. O ex-presidente alegou que o sistema judicial do país está sendo usado como instrumento político para perseguir seus opositores e sufocar a dissidência. Ele acusou diretamente o governo de Arce de orquestrar a ação legal contra ele, utilizando o judiciário para atingir seus objetivos políticos.
Morales também lembrou que já enfrentou outras ações judiciais nos últimos anos, todas as quais, segundo ele, visam prejudicar sua imagem pública e minar seu trabalho político. Ele reforçou a ideia de que a atual ordem de prisão faz parte de uma estratégia mais ampla para intimidar a oposição e consolidar o poder do atual governo.
A denúncia de Morales levanta preocupações sobre a situação política e a independência do poder judiciário na Bolívia. A oposição ao governo de Luis Arce já havia manifestado preocupações semelhantes em outras ocasiões, acusando-o de utilizar o sistema legal para perseguir adversários políticos. A repercussão internacional da ordem de prisão contra Morales ainda não está clara, mas a situação certamente poderá gerar tensões geopolíticas na região.
A situação permanece tensa, e a reação do governo de Luis Arce à denúncia de Evo Morales ainda é aguardada. O desenrolar deste caso promete acirrar ainda mais as disputas políticas na Bolívia.