EUA ‘rejeitam categoricamente’ ordem de prisão do TPI contra Netanyahu e Gallant
Washington, D.C. – 03 de julho de 2023 – Os Estados Unidos rejeitaram de forma categórica a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant. A declaração veio em resposta à decisão do TPI de investigar possíveis crimes de guerra cometidos em território palestino ocupado. A forte reação americana sublinha a tensão crescente entre os EUA e o TPI, demonstrando o apoio inabalável de Washington a Israel, independentemente das acusações de violações do direito internacional.
A ordem de prisão, emitida pelo promotor Karim Khan, visa investigar alegações de crimes de guerra relacionados à construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e à violência contra a população palestina. A decisão do TPI gerou uma onda de protestos por parte do governo israelense, que alega que o tribunal não tem jurisdição sobre o assunto. Os EUA, por sua vez, reforçaram essa posição, acusando o TPI de parcialidade e questionando a legitimidade de suas investigações em relação a Israel.
A declaração oficial dos EUA não poupou críticas ao TPI, reiterando a crença de que a Corte não deve investigar ações de Israel, considerando-as legítimas ações de autodefesa. O governo americano reafirmou seu compromisso com a segurança de Israel e seu direito à autodeterminação, o que, segundo os EUA, é constantemente ameaçado por ações do TPI. A contundência da resposta americana indica um posicionamento firme em defesa de seu aliado de longa data, mesmo diante de acusações sérias de violações do direito internacional humanitário.
A decisão do TPI e a resposta americana acirram ainda mais as tensões na região e expõem a profunda divergência de opiniões sobre a legitimidade e a atuação do Tribunal Penal Internacional. A rejeição categórica dos EUA à ordem de prisão deixa claro que a disputa entre o TPI e Israel, com o apoio incondicional dos EUA, deve se prolongar, com consequências ainda incertas para a busca de uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino. A situação demonstra a complexidade geopolítica da região e o delicado equilíbrio de poder que define as relações internacionais no contexto do conflito.