EUA registram recorde de pessoas em situação de rua
– Os Estados Unidos registraram um número recorde de pessoas vivendo em situação de rua em 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. O relatório anual do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD) apontou um aumento de 2% na população sem-teto em relação a 2022, atingindo a marca de 582.462 indivíduos. Este é o maior número já registrado pelo HUD, sinalizando um preocupante agravamento da crise habitacional americana.
A pesquisa, conduzida entre janeiro e fevereiro de 2024, revela um panorama complexo e heterogêneo da situação de rua no país. Embora a taxa geral de crescimento tenha sido de 2%, o aumento não foi uniforme entre os diferentes grupos e regiões. Pessoas em situação de rua vivendo em famílias experimentaram um crescimento de 1%, enquanto indivíduos sem-teto que não pertencem a famílias viram um aumento de 3%. Este último grupo representa a grande maioria dos sem-teto nos EUA, com 67% do total.
A região oeste dos Estados Unidos apresentou o maior aumento percentual de sem-teto, com um crescimento de 6%. Já as regiões Nordeste e Sul registraram aumentos mais moderados, com 2% e 1%, respectivamente. A região Centro-Oeste foi a única a apresentar uma diminuição, contudo, marginal, de 1%. A cidade de Los Angeles, na Califórnia, continua sendo o principal foco da crise, abrigando a maior população de pessoas em situação de rua do país.
O relatório do HUD destaca a complexa rede de fatores que contribuem para o aumento do número de pessoas em situação de rua. Entre eles estão a falta de moradias acessíveis, a escassez de recursos para assistência social e a persistente desigualdade econômica. Apesar dos programas governamentais destinados a combater o problema, os dados sugerem que ainda é necessário um esforço muito maior para enfrentar esta grave questão social.
Em conclusão, o recorde de 582.462 pessoas em situação de rua em 2023 nos EUA, apontado pelo relatório do HUD, evidencia a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes e investimentos substanciais para prevenir o aumento da população sem-teto e garantir moradia digna a todos os americanos. O crescimento desigual entre as regiões e grupos populacionais ressalta a complexidade do problema, exigindo abordagens específicas e soluções personalizadas para cada caso. A luta contra a pobreza e a desigualdade social se mostra, mais uma vez, fundamental para mitigar os efeitos desta grave crise humanitária.