EUA reconhecem González como ‘presidente eleito’ da Venezuela; Caracas reage



EUA reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, gerando tensão com Caracas

– Em uma decisão que promete escalar ainda mais a crise política na Venezuela, os Estados Unidos reconheceram nesta sexta-feira, 26 de janeiro, Juan Guaidó como presidente interino do país. A declaração, feita pelo secretário de Estado Mike Pompeo, gera forte tensão com o governo de Nicolás Maduro, que acusa Washington de interferência em seus assuntos internos. A medida americana foi tomada após manifestações massivas na Venezuela, com multidões nas ruas em apoio a Guaidó, e representa um significativo aumento na pressão internacional sobre Maduro.

Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, declarou-se presidente interino na última quarta-feira, 23 de janeiro, após a juramento de Maduro para um segundo mandato presidencial, considerado ilegítimo por uma parcela significativa da comunidade internacional, incluindo a União Europeia, o Grupo de Lima e, agora, os Estados Unidos. A decisão de Guaidó foi apoiada por vários países latino-americanos, que também questionam a legitimidade da reeleição de Maduro, marcada por denúncias de fraude eleitoral.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, justificou a decisão dos EUA afirmando que a posse de Maduro foi “ilegítima” e que Guaidó representa “a única esperança” para o restabelecimento da democracia no país. Pompeo afirmou que os Estados Unidos continuarão a pressionar Maduro a renunciar, dando seu total apoio a Guaidó e à Assembleia Nacional. A Casa Branca também emitiu um comunicado oficial endossando a posição do secretário.

A reação do governo venezuelano foi imediata e veemente. Maduro acusou os EUA de golpe de Estado e rompeu relações diplomáticas com a embaixada americana em Caracas. O governo venezuelano considera a ação americana como uma flagrante violação de sua soberania e uma tentativa de desestabilizar o país. O chanceler Jorge Arreaza anunciou a expulsão do encarregado de negócios americano, embora não tenha havido referência a uma quebra completa das relações diplomáticas em seu pronunciamento.

A decisão dos EUA aumenta as tensões já existentes na Venezuela, um país mergulhado em uma profunda crise econômica e social. A situação pode se agravar ainda mais nos próximos dias, com o aumento da pressão internacional e a resposta do governo de Maduro, tornando o futuro político da nação ainda mais incerto. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, aguardando os próximos passos de ambos os lados e as consequências desta escalada na disputa pelo poder na Venezuela.

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