EUA emprestam U$S 20 bilhões à Ucrânia com lucro de ativos russos congelados
Brasília, 21 de fevereiro de 2024 – Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira um empréstimo de US$ 20 bilhões à Ucrânia, utilizando como garantia ativos russos congelados em decorrência da guerra iniciada em fevereiro de 2022. A medida, anunciada pelo Departamento do Tesouro americano, representa um novo capítulo na assistência financeira ocidental ao país em conflito, marcando uma estratégia inovadora para financiar a defesa ucraniana sem recorrer diretamente aos cofres públicos americanos.
O empréstimo, concedido pelo Departamento do Tesouro em parceria com o Banco Mundial, permitirá que a Ucrânia continue a financiar suas necessidades imediatas, incluindo despesas essenciais do governo e investimentos em infraestrutura crítica. A estratégia visa garantir a continuidade da resistência ucraniana à invasão russa, fornecendo recursos financeiros significativos sem comprometer excessivamente os recursos domésticos dos EUA.
A garantia do empréstimo é constituída por ativos russos congelados nos EUA. Embora o texto não especifique a porcentagem exata dos ativos usados como garantia, a estratégia representa uma apropriação significativa desses recursos, que até então estavam inativos. A utilização desses ativos congelados como garantia representa uma demonstração clara do compromisso americano com a soberania e integridade territorial ucranianas, e sinaliza uma mudança na abordagem das sanções aplicadas à Rússia. A iniciativa demonstra a capacidade de os países aliados mobilizarem recursos confiscados de regimes autoritários para apoiar nações em situação de crise.
A medida foi elogiada por autoridades ucranianas, que consideraram o empréstimo fundamental para a manutenção da estabilidade financeira do país em meio ao conflito contínuo. O empréstimo, no entanto, não está livre de críticas, com alguns analistas questionando a complexidade legal envolvida na utilização de ativos congelados como garantia.
A longo prazo, a estratégia de utilizar ativos russos congelados como garantia de empréstimos a países em conflito pode estabelecer um novo precedente para a comunidade internacional. A eficácia e a replicabilidade desse modelo dependerão, no entanto, da complexidade legal e da resposta de outros países.
Em resumo, o empréstimo de US$ 20 bilhões dos EUA à Ucrânia, garantido por ativos russos congelados, representa uma inovação significativa na assistência financeira internacional em tempos de guerra, marcando uma mudança no uso de sanções como ferramenta para financiar a defesa de nações afetadas por conflitos armados. A medida, além de auxiliar a Ucrânia, estabelece um precedente que poderá influenciar as políticas futuras de sanções e ajuda humanitária a nível global.