EUA colocarão ‘lenha na fogueira’ com autorização de uso de mísseis pela Ucrânia, diz Kremlin



Moscou, 18 de novembro de 2024 – O Kremlin acusou os Estados Unidos de “colocar lenha na fogueira” ao autorizar o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia contra alvos na Rússia. A declaração foi feita nesta segunda-feira, em resposta à aprovação americana do fornecimento de mísseis com alcance superior aos atualmente utilizados pelas forças ucranianas. A assessoria de imprensa do Kremlin não especificou quais mísseis seriam fornecidos ou qual a extensão do alcance, mas classificou a decisão como uma escalada significativa no conflito.

A notícia da autorização americana para o fornecimento dos mísseis, não detalhada oficialmente pelo governo norte-americano, causou forte reação em Moscou. De acordo com o Kremlin, essa ação demonstra um claro comprometimento dos EUA em prolongar o conflito e intensificar as hostilidades. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a decisão demonstra o desinteresse dos EUA em uma solução pacífica para a crise, considerando-a uma grave violação da soberania russa e uma ameaça direta à segurança nacional. Peskov não forneceu detalhes adicionais sobre as medidas que a Rússia tomará em resposta à decisão americana, limitando-se a reafirmar o compromisso russo em proteger seu território e seus cidadãos.

A declaração do Kremlin enfatiza a preocupação de Moscou com o potencial aumento de ataques ucranianos em território russo, utilizando armamento com alcance estendido. A Rússia já havia advertido anteriormente contra o fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia, alertando para as potenciais consequências para a segurança regional. A atual afirmação reforça a tensão crescente entre Moscou e Washington, elevando ainda mais o nível de preocupação com a possibilidade de uma escalada ainda maior do conflito na Ucrânia.

A reação do Kremlin demonstra a sensibilidade da Rússia em relação ao fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia, reforçando a percepção de que a autorização americana representa uma mudança significativa na dinâmica do conflito e potencialmente aumentando os riscos de uma escalada ainda mais significativa. A falta de detalhes específicos por parte tanto do Kremlin quanto do governo americano deixa em aberto diversas questões, mantendo a incerteza sobre a extensão e as consequências dessa nova fase do conflito.

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