Esporte de elite pode prejudicar fertilidade de atletas?



A busca incessante pela excelência em esportes de elite pode ter um custo significativo para a saúde reprodutiva de atletas, de acordo com estudos recentes. Um complexo interplay entre treinamento intenso, restrições alimentares e estresse psicológico pode levar a disfunções reprodutivas, impactando tanto homens quanto mulheres. A preocupação não é nova, mas ganha cada vez mais destaque à medida que a ciência desvenda os mecanismos por trás dessa relação.

O artigo publicado pelo G1 Saúde, de 5 de janeiro de 2025, aponta para os impactos negativos em ambos os sexos. Em mulheres, a baixa ingestão de energia em relação ao gasto energético (REE) é uma grande vilã. Essa condição, frequentemente observada em atletas de endurance, pode levar à amenorreia (ausência de menstruação), afetando a ovulação e consequentemente a fertilidade. Atletas femininas podem apresentar até 70% de chance de desenvolver amenorreia, dependendo da intensidade e duração do treinamento.

Para os homens, a situação não é menos complexa. O treinamento extenuante e o estresse físico e psicológico podem levar a alterações hormonais, como a redução de testosterona, impactando a produção e a qualidade dos espermatozoides. A pesquisa destaca a importância do equilíbrio entre a performance esportiva e a saúde geral, incluindo a saúde reprodutiva.

A reportagem ressalta que não há uma resposta única e universal. A influência dos fatores de risco na fertilidade varia de acordo com o esporte praticado, a intensidade do treinamento, a genética individual e outros fatores relacionados ao estilo de vida. É crucial que atletas e suas equipes médicas estejam atentos aos sinais e busquem acompanhamento especializado para avaliar riscos e mitigar possíveis danos à saúde reprodutiva.

Em suma, o artigo do G1 Saúde levanta um alerta importante sobre a necessidade de uma abordagem mais holística para a saúde dos atletas de elite. A busca pelo sucesso esportivo não deve acontecer à custa da saúde e bem-estar a longo prazo, incluindo a capacidade de ter filhos no futuro. Um diálogo aberto entre atletas, treinadores e profissionais da saúde é fundamental para encontrar um equilíbrio entre o desempenho de alto nível e a preservação da saúde reprodutiva.

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