Esgoto tratado em Manaus: desafios e avanços na expansão para áreas periféricas e vulneráveis



Manaus, 26 de novembro de 2024 – A expansão do sistema de esgoto tratado em Manaus enfrenta desafios consideráveis, especialmente na busca por alcançar as áreas periféricas e vulneráveis da cidade. Apesar de avanços significativos nos últimos anos, uma parcela significativa da população ainda não tem acesso a esse serviço essencial, impactando diretamente a saúde pública e o meio ambiente. A reportagem do G1 Amazonas revela o panorama complexo dessa questão, destacando os obstáculos e os progressos na busca por soluções.

O atual cenário mostra que apenas 55% da população de Manaus está conectada à rede de esgoto. Isso significa que mais da metade dos manauaras ainda sofrem com as consequências da falta de saneamento básico, contribuindo para a proliferação de doenças e a contaminação de recursos hídricos. O foco da expansão agora se concentra justamente nas áreas mais carentes, onde a precariedade de infraestrutura e a falta de recursos financeiros representam obstáculos importantes.

A prefeitura de Manaus afirma estar empenhada em ampliar o acesso ao tratamento de esgoto. Projetos estão em andamento para levar o serviço a regiões como a do Tarumã-Açu, onde a ausência de saneamento é particularmente crítica. A meta ambiciosa é alcançar 90% de cobertura até 2028, um aumento substancial em relação aos números atuais. No entanto, a concretização dessa meta depende de investimentos significativos em infraestrutura, além da superação de desafios técnicos e logísticos presentes nessas regiões de difícil acesso.

A concessionária Águas de Manaus, responsável pelo serviço de saneamento na cidade, destaca a complexidade da tarefa, mencionando a necessidade de adaptação às condições específicas de cada localidade, incluindo terrenos de difícil acesso e a necessidade de obras de engenharia mais robustas em algumas áreas. A empresa afirma estar investindo em novas tecnologias e buscando parcerias para acelerar o processo de expansão.

Além dos aspectos técnicos, o acesso ao saneamento básico em Manaus também está intrinsecamente ligado à questão social. A falta de infraestrutura em áreas periféricas frequentemente reflete desigualdades mais amplas, incluindo a falta de moradia digna e a precariedade nos serviços públicos. A ampliação do acesso ao esgoto tratado, portanto, é uma peça fundamental em um quebra-cabeça maior que envolve a promoção da inclusão social e o desenvolvimento sustentável da cidade.

Em conclusão, a expansão do tratamento de esgoto em Manaus representa um desafio significativo, porém fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população e para a proteção do meio ambiente. Apesar dos avanços, a jornada ainda é longa e demanda investimentos contínuos, planejamento estratégico e uma abordagem integrada que contemple os aspectos técnicos, sociais e financeiros envolvidos. O sucesso na concretização da meta de 90% de cobertura até 2028 dependerá da efetivação de políticas públicas eficazes e do engajamento de todos os atores envolvidos.

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