‘Entrega o mandado para alguém e ele cria uma série de problemas’, diz governador sobre PEC para governar em viagens
Governador do Tocantins critica PEC que permite gestão remota do estado durante viagens
Palmas, 13 de dezembro de 2024 – O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, manifestou forte crítica à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a gestão do estado de forma remota durante viagens oficiais. Em entrevista concedida hoje, Barbosa argumentou que a medida, se aprovada, poderia gerar uma série de problemas administrativos. Sua principal preocupação reside na possibilidade de delegação de poder resultar em decisões equivocadas ou em prejuízo para a população tocantinense.
“A gente entrega o mandato para alguém e a pessoa cria uma série de problemas”, afirmou o governador, demonstrando sua preocupação com a responsabilidade e a capacidade de gestão de um substituto durante suas ausências. Barbosa não detalhou exemplos específicos de problemas que poderiam surgir, mas sua declaração deixa claro seu desconforto e ceticismo em relação à eficácia da PEC. Ele destacou a importância da presença física do governador para o bom funcionamento da administração estadual, sugerindo que a distância poderia comprometer a tomada de decisões rápidas e eficazes.
A PEC em questão ainda está em tramitação na Assembleia Legislativa do Tocantins. Embora o texto não tenha sido detalhado na entrevista, a preocupação do governador indica a existência de lacunas ou pontos obscuros que o deixam inseguro sobre a viabilidade e a segurança jurídica da proposta. A ausência de informações precisas sobre os mecanismos de controle e fiscalização da gestão remota também contribui para sua oposição à PEC.
A declaração do governador configura um importante alerta sobre os potenciais riscos de se delegar amplos poderes durante ausências prolongadas. A discussão sobre a PEC certamente ganhará mais força nos próximos dias, com a expectativa de debates acalorados na Assembleia Legislativa e a necessidade de um aprofundamento da discussão sobre os mecanismos de controle e as garantias de que a gestão remota não comprometerá a eficiência administrativa do estado. A posição contrária do governador representa um obstáculo significativo para a aprovação da proposta.