Entidades de fisiculturismo e até atriz pornô fizeram propaganda para empresa que falsificava anabolizantes; polícia apura
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2025 – Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou um esquema de falsificação de anabolizantes que envolve entidades de fisiculturismo, uma atriz pornô e diversas personalidades do meio esportivo. A operação, que ainda está em andamento, desmantelou uma empresa que produzia e distribuía substâncias proibidas, utilizando-as para propaganda enganosa e lucrando ilicitamente com a venda de produtos falsificados.
De acordo com as investigações, a empresa atuava de forma clandestina, produzindo anabolizantes sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para promover seus produtos falsificados, a organização criminosa utilizou a influência de figuras públicas, incluindo entidades de fisiculturismo e até mesmo uma atriz pornô, que divulgaram os produtos em suas redes sociais e eventos do ramo. A polícia ainda não divulgou o nome da atriz envolvida, mas confirmou que ela foi contratada para promover os anabolizantes. As entidades de fisiculturismo, cujos nomes também não foram revelados pela polícia, teriam recebido pagamentos em troca da divulgação dos produtos.
As investigações começaram há seis meses, após denúncias anônimas que apontavam a comercialização de anabolizantes falsificados. A polícia apreendeu grande quantidade de produtos, matéria-prima e equipamentos utilizados na produção dos anabolizantes durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Até o momento, não foram divulgados números exatos sobre a quantidade de produtos apreendidos ou o valor do prejuízo causado pelo esquema criminoso.
A polícia ressalta a gravidade da situação, uma vez que o consumo de anabolizantes falsificados pode causar danos graves à saúde, incluindo problemas cardíacos, hepáticos e renais. A investigação segue em andamento para identificar todos os envolvidos no esquema e apurar as responsabilidades de cada um. Os envolvidos poderão responder por crimes como falsificação de produtos, crime contra a saúde pública e associação criminosa. A polícia espera que, com o avanço das investigações, mais detalhes sobre o esquema sejam revelados nas próximas semanas. A operação reforça a necessidade de cautela ao consumir qualquer tipo de suplemento alimentar, recomendando a busca por produtos com registro na Anvisa e a consulta a profissionais de saúde.