Engenheiro brasileiro condenado por matar ex-namorada na Austrália em 2018 terá que pagar R$ 250 mil à família dela
TRF-2 reduz pena de engenheiro brasileiro condenado por matar ex-namorada na Austrália
Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2024 – O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) reduziu a pena do engenheiro brasileiro, Guilherme Alves, condenado por matar sua ex-namorada, em 2018, na Austrália. A decisão, divulgada nesta quarta-feira, manteve a condenação por homicídio qualificado, mas diminuiu a sentença de 26 anos para 22 anos e seis meses de prisão.
Alves foi extraditado para o Brasil em 2022 para cumprir a pena, após decisão da Justiça australiana. Ele havia sido condenado pela justiça australiana em 2020, pela morte de Mayumi Yoshida, ocorrida em 2018. A defesa de Alves recorreu da sentença alegando que a pena era excessiva. O TRF-2 acolheu parcialmente o recurso, considerando fatores como o tempo de prisão já cumprido no exterior e a ausência de antecedentes criminais no Brasil. A decisão, tomada pela 8ª Turma do TRF-2, levou em consideração as circunstâncias do crime, os argumentos da defesa e o conjunto da legislação brasileira pertinente ao caso.
A redução da pena representa uma diminuição de aproximadamente 13% na sentença original. A defesa do engenheiro se manifestou em favor da redução, alegando que a pena aplicada pela justiça australiana era desproporcional à realidade do caso, e que a legislação brasileira prevê punições menos severas para crimes dessa natureza. O Ministério Público Federal, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão do TRF-2.
O caso gerou grande repercussão na mídia brasileira e australiana, principalmente pela brutalidade do crime e pela complexidade do processo de extradição. A sentença reduzida, embora ainda significativa, encerra mais um capítulo desse longo e controverso processo judicial que envolve um crime cometido no exterior e que agora será cumprido no sistema prisional brasileiro. A decisão final do TRF-2 permanece passível de recurso.