Empresa é investigada por suspeita de manter trabalhadores em situação análoga a escravidão em Manaus



Empresa é investigada por suspeita de trabalho análogo à escravidão em Manaus

Manaus (AM) – 22 de janeiro de 2025 – Uma empresa de Manaus está sob investigação por suspeita de manter trabalhadores em situação análoga à escravidão. A denúncia, que culminou em operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), revela um cenário preocupante de violações trabalhistas graves, expondo trabalhadores a condições degradantes e desumanas.

A operação, realizada na última terça-feira (21), resultou na resgate de 11 trabalhadores que estavam submetidos a condições consideradas análogas à escravidão. De acordo com as autoridades, os empregados eram submetidos a jornadas exaustivas de trabalho, sem os devidos equipamentos de proteção individual (EPIs), em ambiente insalubre e com alojamentos precários. A investigação aponta ainda a existência de dívidas trabalhistas e retenção de documentos pessoais dos funcionários como instrumentos de controle e exploração.

O MPT detalha que as irregularidades encontradas incluem o não pagamento dos salários, sendo que uma parte era descontada com a alegação de pagamento de custos com alimentação e transporte. A alimentação fornecida era inadequada e não cumpria com as normas de qualidade e higiene. Além disso, os trabalhadores não tinham acesso à água potável e aos serviços básicos de higiene, indicando uma total falta de respeito com os direitos básicos dos indivíduos. A empresa investigada, que não teve o nome divulgado pelas autoridades para preservar o andamento das investigações, é acusada de violar inúmeros artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os trabalhadores resgatados receberam apoio imediato das autoridades, que garantiram assistência médica, jurídica e psicossocial. As investigações prosseguem para apurar as responsabilidades e a extensão dos danos causados, e a empresa poderá responder por diversos crimes, incluindo trabalho análogo à escravidão, que prevê penas de reclusão e multas elevadas.

A operação destaca a necessidade de intensificação da fiscalização e combate ao trabalho escravo no Amazonas, chamando a atenção para a gravidade do problema e a importância da proteção dos direitos dos trabalhadores. O MPT e a PF ressaltam o compromisso de continuar atuando para erradicar essa prática criminosa e garantir justiça para as vítimas. A conclusão do processo e a definição das penalidades cabíveis para a empresa serão divulgados após o término das investigações.

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