Em greve de fome na Câmara, Glauber Braga recebe visitas de ministros do governo

Brasília, 28 de julho de 2023 – O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou na tarde desta sexta-feira (28) sua greve de fome de 15 dias em frente à Câmara dos Deputados. A decisão ocorreu após uma série de visitas de ministros do governo Lula, que negociaram com o parlamentar e representantes do movimento indígena.

Braga iniciou o protesto em 14 de julho, exigindo a aprovação de um projeto de lei que garanta o direito à demarcação de terras indígenas. O deputado, visivelmente debilitado, expressou sua satisfação com o diálogo estabelecido e destacou o comprometimento demonstrado pelos ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Anielle Franco (Igualdade Racial), além do secretário de Articulação Política do governo federal, Alexandre Padilha.

Os ministros se comprometeram a pressionar pela pauta e reforçaram a necessidade de uma solução para a questão indígena. Embora não tenha havido o compromisso explícito de aprovação imediata do projeto, o diálogo e a demonstração de apoio do governo foram fatores decisivos para o fim da greve de fome. A pressão popular e o amplo apoio recebido pelo deputado, também foram destacados por Braga como fatores importantes para o desenvolvimento das negociações.

A greve de fome de Glauber Braga chamou a atenção nacional e internacional para a urgência da demarcação de terras indígenas no Brasil. A situação preocupou muitos, devido ao risco para a saúde do deputado, que relatou, antes de iniciar o protesto, o comprometimento da sua saúde após um período de tratamento contra um câncer.

A conclusão do protesto não representa necessariamente a solução definitiva para o problema da demarcação de terras indígenas, mas sim um passo importante no diálogo entre o governo e os movimentos sociais. Acompanhar os próximos passos do governo em relação à pauta, e a trajetória do projeto de lei no Congresso Nacional, será fundamental para avaliar o real impacto das negociações. A expectativa é de que o diálogo aberto e o compromisso assumido pelos ministros levem a avanços concretos na defesa dos direitos dos povos indígenas.