Em ato, mãe de menino morto por bala perdida desabafa: ‘Demonstrem mais porque não sabe no minuto seguinte o que vai acontecer’

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2024 – A dor da perda e a indignação tomaram conta de Janaina de Oliveira, mãe de Kauã de Oliveira, de apenas 10 anos, morto por uma bala perdida na última sexta-feira (14), em Cosmos, zona oeste do Rio de Janeiro. Em entrevista concedida hoje, Janaina desabafou sobre a tragédia que vitimou seu filho, pedindo justiça e clamando por mais segurança na região. Kauã foi atingido enquanto brincava próximo de casa, vítima da violência que assola a cidade.

A bala perdida que atingiu Kauã foi disparada durante um tiroteio entre policiais militares e criminosos na comunidade. A criança foi imediatamente levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A mãe descreve o filho como uma criança alegre, que amava jogar bola e sonhava em ser jogador de futebol. “Meu filho era um anjo, não merecia isso”, disse Janaina, visivelmente abalada e com a voz embargada pela emoção. A cena brutal deixou a comunidade em choque e renovou o debate sobre a segurança pública na capital fluminense.

Janaina relata que o sentimento é de impotência diante da violência que vitimou seu filho. Ela exige justiça, quer que os responsáveis sejam punidos e que medidas sejam tomadas para evitar que outras famílias passem pela mesma dor. A mãe afirma que não quer apenas vingança, mas sim que medidas efetivas sejam implementadas para garantir a segurança da população, especialmente das crianças, na comunidade de Cosmos e em toda a cidade. Abalada, Janaina reforça o pedido por paz e segurança em sua comunidade, afastando-se da possibilidade de vingança e concentrando-se na busca por justiça e prevenção de futuras tragédias.

O caso de Kauã reacendeu o debate sobre a eficácia das ações de segurança pública no Rio de Janeiro e a necessidade de estratégias mais eficazes para combater a violência e proteger a população, principalmente as crianças que são as mais vulneráveis. A perda precoce e trágica da criança, vítima de uma bala perdida, impactou profundamente a comunidade e exige uma reflexão profunda sobre a segurança pública na cidade. A falta de informações precisas sobre o número de ocorrências similares somente aumenta a preocupação da população e a urgência em se encontrar soluções efetivas. A comunidade de Cosmos espera respostas e ações concretas das autoridades para garantir a segurança de seus moradores.