Eleições nos EUA: esquema de segurança inédito é colocado em prática por temor de distúrbios

Estados Unidos: esquema de segurança inédito para evitar distúrbios nas eleições

Com o temor de uma repetição dos ataques ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, que acontecem nesta terça-feira (08/11), contarão com um esquema de segurança inédito. As autoridades temem que os apoiadores do ex-presidente Donald Trump, insatisfeitos com os resultados das eleições, promovam novos atos de violência.

A preocupação se justifica: pesquisas indicam que 56% dos republicanos acreditam que a violência política às vezes é necessária para proteger o país, um aumento significativo em relação aos 37% que pensavam assim em 2017.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) está em alerta máximo, com mais de 2.000 agentes federais destacados para auxiliar as forças de segurança locais em todo o país. A Guarda Nacional também estará presente em diversas cidades, incluindo Washington D.C., onde o Capitólio será fortemente protegido.

A medida inédita, segundo especialistas, demonstra a fragilidade da democracia americana e a crescente polarização política. A escalada da violência, impulsionada pelas teorias da conspiração e a desinformação disseminada por figuras políticas como Trump, coloca em risco a integridade do processo eleitoral e a ordem pública.

As eleições de meio de mandato são cruciais para definir o controle do Congresso nos próximos dois anos. O Partido Democrata, que atualmente controla a Câmara dos Representantes e o Senado, busca manter o poder, enquanto os republicanos tentam recuperar o controle das duas casas legislativas.

Com o esquema de segurança reforçado, as autoridades esperam que as eleições transcorram com tranquilidade, mas o clima de tensão permanece alto, e o país se prepara para mais um capítulo da crise política que se intensifica desde a eleição de 2020.