‘Ele teria 1 ano e eu estaria feliz’, diz mãe um ano após morte de filho na maior maternidade de Roraima



Boa Vista, 4 de dezembro de 2024 – A dor da perda ainda é imensa para Jaqueline Ferreira da Silva. Um ano após a morte de seu filho recém-nascido, Miguel, na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a maior maternidade de Roraima, a mãe relembra a tragédia com a tristeza de quem carrega uma ferida aberta no coração. “Ele teria 1 ano e eu estaria feliz”, desabafa Jaqueline, em entrevista concedida nesta quarta-feira.

Miguel nasceu prematuro, com apenas 28 semanas de gestação, e faleceu na unidade hospitalar após complicações. A mãe relata a angústia de ver o filho lutar pela vida, sem entender as causas que levaram ao desfecho fatal. A morte de Miguel se junta a uma série de outras ocorrências que colocam em xeque a eficiência da maternidade. De acordo com dados oficiais, a taxa de mortalidade infantil na instituição em 2023 foi de 13,5%, significativamente superior à média nacional. O Ministério Público de Roraima (MPRR) já investiga possíveis falhas na assistência médica prestada.

A situação de Jaqueline, infelizmente, não é um caso isolado. O alto índice de mortalidade infantil na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth levanta preocupações sobre a qualidade do atendimento prestado às gestantes e recém-nascidos em Roraima. A busca por respostas e justiça se torna crucial para evitar que outras famílias sofram a mesma dor. A luta de Jaqueline, além de pessoal, representa a busca por melhorias estruturais e de atendimento na maior maternidade do estado, garantindo a segurança e o bem-estar de mães e bebês.

A reportagem do G1 procurou a direção da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth para comentar sobre o caso e as investigações do MPRR, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

A lembrança da perda de Miguel e a luta por explicações e melhorias no sistema de saúde de Roraima marcam profundamente a vida de Jaqueline. Sua dor reflete a fragilidade do sistema e a urgência em se garantir um atendimento de qualidade para todas as mães e bebês roraimenses. A busca por justiça e a prevenção de novas tragédias devem ser prioridades para as autoridades competentes.

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