Edmundo González diz que irá à Venezuela tomar posse no lugar de Maduro



Caracas, 5 de janeiro de 2025 – Em um pronunciamento surpreendente realizado neste sábado, o líder opositor venezuelano Edmundo González declarou sua intenção de assumir a presidência do país. Em uma coletiva de imprensa em Caracas, González afirmou que tomará posse no lugar do atual presidente, Nicolás Maduro, alegando irregularidades no processo eleitoral de 2024, sem apresentar provas concretas.

González, que não possui qualquer cargo político formalmente reconhecido, baseia sua pretensão em uma suposta “vontade popular” não especificada, afirmou ainda que conta com o apoio de um “amplo setor da população venezuelana”, sem apresentar números ou evidências que corroborem sua afirmação. O líder opositor não detalhou como planeja assumir o poder, nem quais medidas tomará caso consiga concretizar sua intenção.

A declaração de González foi recebida com ceticismo por analistas políticos e representantes do governo. O governo venezuelano, por meio de um comunicado oficial divulgado em seguida à coletiva de imprensa de González, classificou o pronunciamento como um ato “irresponsável e sem fundamento”, reiterando a legitimidade da vitória de Maduro nas eleições presidenciais de 2024. Não houve, até o momento, reação por parte da comunidade internacional.

A oposição venezuelana se encontra fragmentada, e a declaração de González pode ainda aprofundar as divisões internas entre os grupos que se opõem ao governo de Maduro. A falta de clareza sobre o plano de ação e a ausência de qualquer apoio visível de instituições ou partidos políticos relevantes levantam dúvidas sobre a viabilidade da pretensão presidencial de González. A situação permanece tensa e em constante evolução, com as reações dos diferentes atores políticos e da comunidade internacional ainda aguardadas.

A declaração de González marca um novo capítulo na conturbada política venezuelana, adicionando mais incerteza a um cenário já marcado por profundas divisões e instabilidade. A possibilidade real de González assumir a presidência, sem apoio institucional ou militar, parece remota, mas a ousadia da sua declaração gerou debates acalorados e espera-se um desenvolvimento intenso dos acontecimentos nos próximos dias.

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