Duas em cada cinco crianças vulneráveis estão matriculadas em creches
Duas em cada cinco crianças vulneráveis ainda não têm vaga em creche no Brasil
– A realidade da educação infantil no Brasil ainda é desafiadora, principalmente para crianças de famílias em situação de vulnerabilidade. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (22), revelou que apenas das crianças de 0 a 3 anos de idade, que vivem em domicílios com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, estão matriculadas em creches. Isso significa que dessa parcela da população infantojuvenil não tem acesso a esse serviço essencial para o desenvolvimento infantil.
Os dados do IBGE mostram que a desigualdade no acesso à educação infantil é um problema persistente. A taxa de matrícula em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade em domicílios com renda familiar per capita superior a cinco salários mínimos é de , quase o dobro da taxa observada entre as crianças mais pobres. A disparidade se acentua ainda mais quando se analisam os dados por região: a taxa de matrícula em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade em domicílios com renda familiar per capita de até meio salário mínimo é de na região Sudeste e de na região Nordeste.
O estudo do IBGE também aponta para a necessidade de investimentos em políticas públicas que garantam o acesso universal à educação infantil de qualidade. A pesquisa destaca que a falta de vagas em creches é um dos principais obstáculos para a participação das mães no mercado de trabalho, impactando negativamente a renda familiar e o desenvolvimento social do país.
A universalização do acesso à creche é crucial para o desenvolvimento da primeira infância, garantindo o direito à educação, à saúde e à proteção, além de contribuir para a inclusão social e o desenvolvimento econômico do país.