Dólar opera em alta, de olho em novos dados econômicos previstos para a semana; Ibovespa cai
São Paulo, 2 de dezembro de 2024 – O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (2), cotado a R$ 4,1260, uma baixa de 0,86% em relação ao fechamento anterior. A queda da moeda americana foi impulsionada pela valorização do Ibovespa, que encerrou o dia com alta de 1,75%, aos 120.658 pontos. Analistas atribuem o bom desempenho do mercado acionário brasileiro a uma combinação de fatores, incluindo a divulgação de resultados corporativos positivos e a expectativa de que o Banco Central mantenha a taxa de juros estável.
O movimento de alta do Ibovespa foi impulsionado principalmente por ações de grandes empresas, como a Petrobras, que teve ganhos expressivos. A expectativa em torno da manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano também contribuiu para o otimismo no mercado, reduzindo a atratividade do dólar como investimento de renda fixa. Essa expectativa é baseada nas declarações recentes de membros do Copom (Comitê de Política Monetária), que sinalizaram uma tendência de estabilidade nos juros, apesar da inflação ainda apresentar alguns desafios.
Apesar da queda do dólar e da alta do Ibovespa, especialistas alertam para a necessidade de cautela. A volatilidade do mercado internacional, influenciada por fatores geopolíticos e econômicos globais, continua a ser um fator de risco para os investimentos no Brasil. A inflação, embora em tendência de queda, ainda precisa ser monitorada de perto. Portanto, embora o cenário atual seja positivo, é importante que os investidores acompanhem de perto a evolução dos indicadores econômicos e geopolíticos antes de tomar qualquer decisão.
Em resumo, a sessão desta segunda-feira refletiu um cenário de otimismo no mercado financeiro brasileiro. A combinação de resultados corporativos positivos, expectativa de manutenção da taxa Selic e a consequente queda do dólar contribuíram para a forte valorização do Ibovespa. No entanto, a cautela continua sendo a palavra de ordem para os investidores, que devem acompanhar atentamente os desdobramentos dos eventos econômicos e geopolíticos nos próximos dias.