Dólar e Ibovespa operam em alta, com Trump na mira em dia de agenda esvaziada
São Paulo, 23 jan. 2025 – O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (23), enquanto o Ibovespa registrou queda, impulsionados por dados de inflação nos Estados Unidos que reforçaram as expectativas de manutenção de uma política monetária mais restritiva pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A moeda americana subiu 0,42%, cotada a R$ 5,2870. Já o principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,86%, aos 113.566 pontos.
A alta do dólar foi influenciada pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,5% em dezembro nos EUA, acima do esperado pelos analistas. Esse resultado, que mostrou um aumento de 6,5% em relação a dezembro de 2023, acendeu o alerta sobre a persistência da inflação americana, levando investidores a buscarem ativos mais conservadores, como o dólar, em detrimento de ativos de risco, como ações.
A perspectiva de juros mais altos nos EUA por um período mais prolongado prejudicou o desempenho do Ibovespa. O aumento das taxas de juros em território americano tende a atrair investimentos estrangeiros para os Estados Unidos, reduzindo o fluxo de capital para mercados emergentes como o Brasil. Esse movimento de capital afeta diretamente a cotação do real e, consequentemente, o desempenho da Bolsa brasileira.
Apesar dos indicadores negativos para o mercado acionário, alguns analistas apontam que a situação ainda é monitorada e que a trajetória dos índices ainda pode sofrer alterações nos próximos dias, dependendo da reação do mercado aos próximos dados econômicos e às decisões do Fed. A expectativa é de cautela por parte dos investidores no curto prazo.
Em resumo, a combinação de inflação persistente nos EUA e a expectativa de juros mais altos impactaram negativamente o mercado brasileiro nesta quarta-feira, resultando em alta do dólar e queda do Ibovespa. A atenção dos investidores permanece voltada para os próximos passos do Fed e para a evolução da economia americana, que influenciará diretamente os mercados financeiros globais e, em particular, o brasileiro.