Diferença entre a remuneração de homens e mulheres à frente de empresas recua, mas ainda é expressiva
São Paulo, 21 de março de 2023 – A diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam cargos de CEO no Brasil diminuiu, mas continua sendo significativa, segundo dados da consultoria de recursos humanos Robert Half. Em 2022, a remuneração das mulheres representou 77% da dos homens, uma melhora em relação aos 74% registrados em 2021. Apesar do progresso, a discrepância salarial ainda é expressiva, refletindo uma realidade de desigualdade de gênero persistente no topo do mercado corporativo.
O estudo da Robert Half analisou as remunerações de CEOs em empresas de diversos setores e portes. A pesquisa revela uma tendência positiva, com uma redução na diferença salarial entre os gêneros ao longo do último ano. A melhora de 3 pontos percentuais demonstra um avanço, porém, a distância de 23% ainda representa um abismo considerável. A pesquisa não especificou o número total de CEOs analisados, mas a amostra utilizada para a comparação de salários entre homens e mulheres foi considerada relevante para a elaboração das conclusões.
A diretora-executiva da Robert Half no Brasil, Silvia Modesto, comentou a respeito dos dados, destacando que, apesar do avanço, o caminho para a igualdade salarial ainda é longo. Ela ressaltou a importância da implementação de políticas internas que promovam a igualdade de oportunidades e a transparência salarial, como medidas fundamentais para acelerar a redução da diferença. Modesto também reforçou a necessidade de uma mudança cultural nas empresas, combatendo os preconceitos e estereótipos que perpetuam as desigualdades de gênero no ambiente de trabalho.
A pesquisa da Robert Half levanta a questão fundamental sobre a necessidade de ações mais contundentes para garantir a igualdade de oportunidades e salários para mulheres em cargos de liderança. Embora a diminuição da diferença seja um sinal positivo, a persistência de uma disparidade significativa de 23% demonstra que ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar a equidade de gênero no mercado corporativo brasileiro. O estudo serve como um alerta para empresas e para a sociedade como um todo, reforçando a urgência de políticas e práticas efetivas para combater a desigualdade salarial e promover a inclusão feminina em posições de poder.