Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino completa hoje 10 anos



São Paulo, 19 de novembro de 2023 – Dez anos se passaram desde a primeira celebração do Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 19 de novembro de 2014. A data, que busca reconhecer a contribuição das mulheres para a economia global, serve também como um importante momento de reflexão sobre os avanços e os desafios que ainda persistem para a igualdade de gênero no empreendedorismo.

Apesar do progresso notável em algumas áreas, a jornada para a plena inclusão feminina no mundo dos negócios ainda é longa e complexa. Dados da ONU Mulheres demonstram que, globalmente, as mulheres enfrentam barreiras significativas, como o acesso limitado a financiamento, redes de apoio e mercados. A disparidade é gritante: enquanto as mulheres representam mais da metade da população mundial, elas detêm apenas 28% das empresas. No Brasil, a situação se repete, embora o país tenha avançado em termos de participação feminina no empreendedorismo, ainda existindo um longo caminho a percorrer para superar a desigualdade de gênero.

A ONU Mulheres destaca que o empreendedorismo feminino desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e social, especialmente em países em desenvolvimento. Os negócios liderados por mulheres frequentemente geram empregos e impulsionam a inovação, contribuindo significativamente para o crescimento econômico local e global. A entidade ressalta, ainda, a importância da implementação de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades e a inclusão financeira das mulheres, para garantir o sucesso de seus empreendimentos.

Neste contexto, o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino se torna um marco importante para celebrar as conquistas das mulheres empreendedoras, reconhecer sua força e resiliência e, principalmente, para reforçar a necessidade de ações contínuas para a construção de um ambiente mais justo e equitativo. A jornada para a igualdade de gênero no empreendedorismo exige um esforço conjunto de governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil, que trabalhem para romper as barreiras que impedem as mulheres de atingirem todo seu potencial empreendedor.

A data, portanto, não serve apenas para comemorações, mas para um apelo urgente por políticas inclusivas e pela criação de um ecossistema que apoie e fortaleça o empreendedorismo feminino, garantindo que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de sucesso que os homens no mundo dos negócios. Somente assim, será possível alcançar um futuro onde a participação feminina na economia seja um reflexo da sua real representatividade na sociedade.

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