Desde 2016, Prefeitura de SP já mandou para leilão mais de 290 apartamentos da Cohab por inadimplência



São Paulo, 13 de janeiro de 2025 – Desde 2016, a Prefeitura de São Paulo já encaminhou para leilão mais de 290 apartamentos da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab). A informação foi divulgada pela própria prefeitura, que justifica a medida pela inadimplência dos moradores. O número expressivo de imóveis leiloados evidencia a dificuldade enfrentada por muitas famílias em manter suas obrigações financeiras com os imóveis populares.

A ação da prefeitura visa recuperar os créditos devidos e garantir a rotatividade dos imóveis para que novas famílias possam ter acesso à moradia. Os apartamentos leiloados são fruto de diversos programas habitacionais da Cohab e estão localizados em diferentes regiões da capital paulista. A gestão municipal afirma que o processo de leilão segue as normas legais e garante a transparência na destinação dos imóveis.

Embora o número de apartamentos leiloados seja significativo, a prefeitura não forneceu detalhes sobre a porcentagem desses imóveis em relação ao total de unidades habitacionais administradas pela Cohab. Também não foram divulgadas informações detalhadas sobre o valor total arrecadado com os leilões realizados até o momento. A falta desses dados dificulta uma avaliação completa do impacto da medida na política habitacional da cidade.

A prefeitura se limitou a destacar o esforço em recuperar os créditos e garantir a justiça para aqueles que cumprem suas obrigações financeiras. A iniciativa, no entanto, gera debates sobre as políticas de auxílio a famílias em situação de vulnerabilidade financeira e as alternativas disponíveis para evitar a perda dos imóveis. A discussão sobre a necessidade de programas de apoio e renegociação de dívidas para evitar o despejo de famílias em situação de inadimplência se faz ainda mais relevante.

Em resumo, a iniciativa da Prefeitura de São Paulo de leiloar mais de 290 apartamentos da Cohab por inadimplência, desde 2016, levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas habitacionais e a necessidade de um olhar mais atento às famílias em situação de vulnerabilidade. A transparência em relação aos dados financeiros e a discussão de políticas de apoio para evitar a perda de moradias são cruciais para um debate público mais completo sobre o tema.

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