Deputados aprovam impeachment do presidente da Coreia do Sul
– Em um movimento que abala profundamente a política sul-coreana, a Assembleia Nacional aprovou nesta terça-feira (27) o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. A votação, marcada por intensa polarização política, resultou em 171 votos a favor do impeachment, 48 contra e 9 abstenções. Para aprovar o processo, era necessária uma maioria de dois terços dos 291 deputados presentes, ou seja, 194 votos. Apesar de não ter atingido essa marca, a aprovação do impeachment demonstra a gravidade das acusações contra o presidente e a fragilidade de seu mandato. A decisão agora será encaminhada para o Tribunal Constitucional, que terá 180 dias para decidir se o impeachment é aprovado ou rejeitado.
O processo de impeachment foi deflagrado por acusações de corrupção, abuso de poder e violação da Constituição. As acusações, apresentadas por deputados da oposição, giram em torno de supostas irregularidades financeiras envolvendo membros da família do presidente e aliados próximos. As acusações incluem alegações de recebimento de propina em troca de favores políticos, além da suspeita de manipulação de eleições. Os detalhes das acusações são complexos e envolvem várias transações financeiras e testemunhos, que serão cuidadosamente examinados pelo Tribunal Constitucional durante o processo de análise.
A votação desta terça-feira foi precedida por semanas de debates acalorados no Parlamento, com a oposição insistindo na necessidade de responsabilizar o presidente pelas suas ações e o partido governista defendendo a inocência de Yoon Suk-yeol e acusando os opositores de motivações políticas. A votação foi extremamente tensa, com parlamentares de ambos os lados se manifestando com veemência.
Apesar de não ter alcançado a maioria de dois terços necessária para a aprovação imediata do impeachment, a aprovação com 171 votos a favor representa um golpe significativo para o governo de Yoon Suk-yeol. O presidente permanece no cargo, mas sob forte pressão política enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional. O resultado da votação demonstra a profunda divisão política na Coreia do Sul e as incertezas que o país enfrenta nos próximos meses.
A decisão do Tribunal Constitucional, esperada em um prazo de 180 dias, definirá o futuro político de Yoon Suk-yeol e terá impactos consideráveis na estabilidade do país. O processo será acompanhado de perto por analistas políticos e observadores internacionais, que aguardam ansiosamente o desfecho desta crise política na Coreia do Sul.