Departamento de Justiça dos EUA quer que Google venda o navegador Chrome



Washington, 21 de novembro de 2024 – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) entrou com uma ação antitruste contra a Google, exigindo que a gigante de tecnologia venda seu navegador Chrome. A ação, apresentada na última quarta-feira em um tribunal federal em Washington, argumenta que o Chrome detém uma parcela dominante do mercado de navegadores, sufocando a concorrência e prejudicando os consumidores.

O DOJ alega que a Google utilizou táticas anticompetitivas para manter o Chrome em sua posição dominante, incluindo acordos exclusivos com fabricantes de computadores e smartphones para pré-instalar o navegador em seus dispositivos. A ação destaca que o Chrome detém uma parcela de mercado de mais de 60%, uma posição que, segundo o DOJ, permite que a Google imponha suas condições ao mercado e impeça o desenvolvimento de navegadores rivais. O processo argumenta que essa dominação permite à Google coletar dados de usuários em larga escala, reforçando ainda mais seu monopólio.

A ação do DOJ representa uma escalada significativa na pressão regulatória sobre a Google. Em anos recentes, a empresa tem enfrentado escrutínio crescente de autoridades antitruste em todo o mundo, inclusive nos EUA, pela União Europeia e pelo Reino Unido. A decisão de exigir a venda do Chrome é vista como um passo sem precedentes, indicando uma disposição por parte do DOJ de tomar medidas drásticas para combater o que considera práticas anticompetitivas por parte da Google.

Ainda não há uma data definida para a próxima audiência do caso. A Google, por sua vez, já se manifestou afirmando que discorda das alegações do Departamento de Justiça e que defenderá vigorosamente sua posição no tribunal. A empresa argumenta que o sucesso do Chrome se deve à sua inovação e à preferência dos consumidores, e não a práticas anticompetitivas. A batalha judicial promete ser longa e complexa, com potenciais impactos significativos no mercado de navegadores e no futuro da própria Google. A decisão final do tribunal poderá reconfigurar o cenário da internet como conhecemos.

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