Denúncia aponta que chapa de prefeito reeleito em MT comprou votos de eleitores indígenas com frangos, medicamentos e fraldas; MP pede cassação



Cuiabá, MT – 18 de dezembro de 2024 – O Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso pediu a cassação do prefeito reeleito de Peixoto de Azevedo, município localizado a 693 km de Cuiabá, após denúncia de compra de votos durante as eleições municipais. A acusação aponta que a chapa do prefeito teria utilizado frangos, medicamentos e fraldas para angariar votos de eleitores indígenas.

Segundo a denúncia, a prática ocorreu na comunidade indígena Barra do Garças, localizada na zona rural do município. Testemunhas relataram que membros da equipe de campanha do prefeito distribuíram os itens citados em troca de votos. As provas apresentadas ao MPE incluem depoimentos e fotos que corroboram as acusações.

A denúncia detalha que a estratégia de compra de votos teria sido planejada e executada por membros da campanha. Os itens distribuídos, além de terem um valor significativo para a população carente da comunidade, seriam considerados propina para garantir o apoio dos eleitores indígenas. O MPE ressalta a gravidade do ato, considerando a vulnerabilidade da população indígena e a violação do processo eleitoral democrático.

A ação do MPE requer a anulação da eleição e a cassação do diploma do prefeito reeleito, além da aplicação das penalidades previstas na legislação eleitoral aos responsáveis. A denúncia está sob análise da Justiça Eleitoral, que irá avaliar as provas apresentadas e decidir sobre o mérito da ação. O prefeito reeleito ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.

A investigação demonstra a necessidade de fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e combate à compra de votos, especialmente em regiões com populações vulneráveis. O caso em Peixoto de Azevedo serve como um alerta sobre a importância da transparência e da lisura no processo eleitoral para garantir a legitimidade do voto e a representatividade dos eleitos. A população aguarda ansiosamente a decisão da Justiça Eleitoral sobre o futuro da administração municipal.

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