Demos muito poder a uma gente chinfrim e com cérebro de minhoca, diz Gilmar sobre a Lava Jato
Gilmar Mendes critica a Lava Jato: “Demos muito poder a uma gente chinfrim e com cérebro de minhoca”
– O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a criticar duramente a Operação Lava Jato em entrevista concedida à jornalista Vera Magalhães, da rádio CBN. Em declarações contundentes, Mendes afirmou que a operação concedeu “muito poder a uma gente chinfrim e com cérebro de minhoca”, referindo-se aos agentes envolvidos na investigação. A entrevista, concedida nesta sexta-feira, repercutiu fortemente no cenário político nacional.
Mendes não poupou críticas à atuação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Ele reiterou suas posições contrárias a métodos de investigação considerados por ele como abusivos e que, segundo sua avaliação, extrapolaram os limites da lei. O ministro destacou o que considera um desequilíbrio de poder, argumentando que a operação recebeu respaldo excessivo, o que teria gerado consequências negativas para o sistema judiciário brasileiro. A declaração “gente chinfrim e com cérebro de minhoca”, embora polêmica, sintetiza a veemência com a qual o ministro expressa seu descontentamento com o desenrolar da operação.
A entrevista de Gilmar Mendes não se limitou a críticas pessoais. O ministro também teceu considerações sobre o impacto da Lava Jato na imagem do Brasil no exterior e os prejuízos econômicos causados pelo excesso de rigor e desequilíbrio na aplicação da lei. Embora não tenha citado números específicos sobre esses prejuízos, a sua crítica implicou em um questionamento profundo sobre a proporcionalidade das ações e seus reflexos na economia nacional. Ele destacou que o foco excessivo na punição acabou por prejudicar a busca de soluções mais amplas e equilibradas.
A declaração de Gilmar Mendes reacendeu o debate sobre o legado da Operação Lava Jato, que, apesar de ter revelado um esquema de corrupção de grandes proporções, também gerou controvérsias em relação aos seus métodos e impactos. Suas palavras certamente impulsionarão novas discussões sobre a necessidade de revisão de procedimentos e a importância do equilíbrio entre o combate à corrupção e o respeito aos direitos individuais e ao devido processo legal. A entrevista, repleta de críticas contundentes, promete gerar discussões acaloradas nos próximos dias, reacendendo um debate que já se mostrava longe de ser encerrado.