De saída, Biden decide retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo



Washington, 15 de janeiro de 2023 – Em uma reviravolta significativa na política externa americana, o governo Biden decidiu retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo. A decisão, anunciada na segunda-feira, marca o fim de uma designação imposta pela administração Trump em janeiro de 2021, apenas dias antes do fim de seu mandato. A medida, que vinha sendo pressionada por diversos setores, incluindo membros do próprio partido democrata, visa normalizar as relações entre os dois países, rompidas há décadas.

A retirada de Cuba da lista, segundo informações oficiais, é resultado de uma revisão abrangente da política em relação à ilha caribenha. Embora o governo americano tenha mantido preocupações em relação aos direitos humanos e à situação política interna em Cuba, a administração Biden considerou que a designação como patrocinador do terrorismo era desproporcional e não refletia a realidade das relações entre os dois países.

A inclusão de Cuba na lista em 2021 foi amplamente criticada como uma manobra política destinada a dificultar ainda mais a cooperação entre os dois países durante a transição de governo. A medida acarretou restrições significativas às relações comerciais e diplomáticas, impactando negativamente a economia cubana e as possibilidades de colaboração em diversas áreas.

A decisão de reverter a designação é um passo importante em direção ao restabelecimento de relações mais normais entre os EUA e Cuba, permitindo a retomada de diálogos e a possível ampliação da cooperação bilateral. A Casa Branca declarou que a remoção de Cuba da lista não significa, no entanto, que as preocupações americanas em relação aos direitos humanos e à democracia na ilha deixaram de existir. As conversas entre os dois governos devem prosseguir em outras frentes, buscando uma aproximação mais equilibrada e pautada no diálogo.

Resta saber, porém, qual será a resposta cubana a essa iniciativa e como o governo cubano irá proceder para reestabelecer as relações econômicas e comerciais com os Estados Unidos, abaladas pelas sanções impostas nos últimos anos. A retirada da lista é, sem dúvidas, um passo significativo, mas o caminho para a normalização completa das relações entre os dois países ainda é longo e incerto.

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