Dados melhoram, mas Brasil ainda tem 28,8 milhões de crianças e adolescentes na pobreza, diz Unicef



Brasil ainda luta contra a pobreza infantil: 288 milhões de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

– Apesar de indicadores positivos, o Brasil ainda enfrenta um desafio significativo na luta contra a pobreza infantil. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 28,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros vivem em situação de pobreza. Embora represente uma redução em relação a anos anteriores, o número permanece alarmante, exigindo ações contínuas e eficazes do governo e da sociedade civil.

O relatório da UNICEF destaca uma melhora no cenário da pobreza extrema infantil. A proporção de crianças e adolescentes nessa situação caiu de 16,8% em 2019 para 12,5% em 2022. Apesar do avanço, a queda não foi suficiente para alcançar as metas estabelecidas. A pesquisa considera como pobreza extrema a situação de famílias com renda per capita inferior a US$ 1,90 por dia.

A pesquisa também aponta para uma significativa disparidade regional. As regiões Norte e Nordeste continuam sendo as mais afetadas pela pobreza infantil, concentrando a maior parte das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A UNICEF ressalta a necessidade de políticas públicas direcionadas a essas regiões, levando em consideração as especificidades de cada localidade.

Além da pobreza monetária, o relatório aborda a pobreza multidimensional, que considera fatores como acesso à educação, saúde, saneamento básico e nutrição. A UNICEF enfatiza que a erradicação da pobreza infantil requer uma abordagem holística, que contemple não apenas a renda familiar, mas também o acesso a serviços essenciais e a garantia de direitos fundamentais para todas as crianças e adolescentes.

O documento da UNICEF serve como um alerta para a continuidade do esforço na luta pela redução da pobreza infantil no Brasil. A organização internacional reforça a necessidade de investimentos em políticas sociais eficazes, programas de transferência de renda, melhoria do acesso à educação de qualidade e à saúde, além de ações voltadas para a inclusão social e o combate às desigualdades. A persistência de milhões de crianças e adolescentes em situação de pobreza exige uma resposta urgente e coordenada de todos os setores da sociedade para garantir um futuro digno para as novas gerações brasileiras.

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