Curdos sírios apoiados pelos EUA tomam controle da cidade de Deir el-Zor, no leste da Síria, diz agência
Damasco, 6 de dezembro de 2024 – As forças armadas da Turquia intensificaram sua ofensiva militar contra as milícias curdas no norte da Síria, avançando em regiões próximas à fronteira turca. A ofensiva, que já dura semanas, vem sendo marcada por combates intensos e preocupações com a crescente instabilidade na região. Os confrontos, concentrados principalmente nas províncias de Aleppo e Raqqa, têm causado um número significativo de baixas, embora cifras precisas sejam difíceis de obter devido à natureza caótica do conflito e às restrições de acesso à imprensa.
Segundo fontes militares turcas, a operação visa neutralizar o que o governo turco define como ameaças terroristas dos grupos curdos na região, principalmente as Unidades de Proteção Popular (YPG), consideradas pela Turquia como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização classificada como terrorista por Ancara e vários países ocidentais. O governo turco alega que as YPG representam uma ameaça à segurança nacional e que a ofensiva é necessária para garantir a estabilidade na fronteira e proteger a população turca.
Apesar das declarações oficiais da Turquia, o avanço das tropas turcas tem sido criticado por organizações internacionais de direitos humanos e por membros da comunidade internacional que expressam preocupação com a situação dos civis na região. Relatos de civis afetados pelo conflito, incluindo deslocamentos forçados e danos à infraestrutura, têm sido divulgados por grupos de monitoramento independentes. A ONU também expressou preocupação com a escalada da violência e instou a todas as partes a darem prioridade à proteção da população civil. As Nações Unidas ainda não divulgaram números oficiais de deslocados ou vítimas da ofensiva. A imprecisão das informações decorre da dificuldade de acesso a zonas de combate e da falta de transparência de todas as partes envolvidas no conflito.
Embora a Turquia não tenha divulgado números oficiais de baixas em seus próprios quadros, as estimativas de grupos de monitoramento independentes sugerem um aumento da tensão na região. A complexidade do conflito, com diversos grupos armados atuando na área, torna a avaliação da situação ainda mais desafiadora. A ofensiva militar turca continua, gerando incertezas quanto à sua duração e consequências a longo prazo para a estabilidade regional e a situação humanitária no norte da Síria. A comunidade internacional acompanha com atenção os desenvolvimentos, pressionando por uma solução diplomática e um fim imediato às hostilidades.