Crise diplomática: governo venezuelano de Nicolás Maduro volta a subir o tom e critica o Brasil
Maduro volta a atacar Brasil e acusa governo de “interferência”
A crise diplomática entre Brasil e Venezuela voltou a esquentar nesta sexta-feira (2/11). O governo de Nicolás Maduro, através do ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, acusou o Brasil de “interferência” em seus assuntos internos, em resposta à postura do governo brasileiro em relação às eleições presidenciais venezuelanas de 2024.
De acordo com Gil, o Brasil estaria “apoiando a campanha” de candidatos da oposição, sem apresentar provas concretas. O ministro afirmou que a Venezuela “não permitirá ingerências” e que defenderá sua soberania “com todas as suas forças”.
A declaração de Gil veio em resposta a uma declaração do Itamaraty, que afirmou que o governo brasileiro está “atento” ao processo eleitoral venezuelano e “espera que a eleição seja livre, justa e transparente”. O Itamaraty também reiterou o apoio do Brasil à “democracia e aos direitos humanos” na Venezuela.
A crise diplomática entre os dois países se intensificou em 2019, após o reconhecimento do governo brasileiro ao líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O governo Maduro, por sua vez, rompeu relações diplomáticas com o Brasil e expulsou o embaixador brasileiro de Caracas.
Desde então, as relações entre os dois países se mantiveram tensas, com ambos os governos trocando acusações e realizando ações diplomáticas em resposta às ações do outro. A recente declaração do governo Maduro sugere que a situação diplomática entre Brasil e Venezuela está longe de ser resolvida, e que novas tensões podem surgir nos próximos meses.