Criança morta no Ceará pode ser segundo óbito do país por ameba super-rara, diz Ministério da Saúde



Fortaleza, 10 de dezembro de 2024 – O Ministério da Saúde investiga um possível segundo caso de infecção por Naegleria fowleri, ameba conhecida como “comedora de cérebro”, em uma criança no Ceará. A infecção, extremamente rara, pode ser apenas o segundo registro da doença no Brasil, sendo o primeiro ocorrido em 1975. A confirmação do diagnóstico ainda depende de exames complementares, mas a gravidade do caso já acendeu alerta entre as autoridades de saúde.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a criança cearense apresenta sintomas compatíveis com a infecção causada pela ameba. A Naegleria fowleri é um microrganismo que geralmente infecta pessoas através da água contaminada, penetrando no corpo através do nariz e atingindo o cérebro. A doença, denominada meningoencefalite amebiana primária, tem alta taxa de mortalidade.

O ministério reforça que a infecção é extremamente rara. A probabilidade de contrair a doença é mínima, e a maioria das pessoas expostas à ameba não desenvolve a infecção. Apesar disso, a confirmação de um possível segundo caso no país destaca a importância de medidas de prevenção, especialmente em regiões com maior risco de contaminação da água.

Ainda não foram divulgados detalhes sobre a identidade da criança ou o local exato onde ocorreu a possível contaminação. O Ministério da Saúde está colaborando com as autoridades locais de saúde do Ceará para investigar o caso a fundo, realizar os exames necessários e definir as ações de prevenção e controle. A expectativa é que novos detalhes sejam divulgados em breve.

A investigação do caso no Ceará ressalta a necessidade de conscientização sobre a importância da higiene e da prevenção de contaminações por água, principalmente em locais com potencial de proliferação da Naegleria fowleri. A confirmação deste caso, após quase 50 anos do primeiro registro no Brasil, reforça a necessidade de vigilância e de pesquisas para o melhor entendimento e tratamento desta doença letal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *