Corte ucraniano de gás da Rússia já afeta leste europeu



Brasília, 21 de junho de 2023 – O corte no fornecimento de gás natural da Rússia para a Ucrânia já está impactando países do leste europeu, segundo reportagem publicada pela CartaCapital nesta quarta-feira. A medida, que reduz o fluxo em 60%, põe em risco o abastecimento de nações dependentes do gás russo para geração de energia e aquecimento.

A redução drástica no fornecimento, anunciada pela Gazprom, gigante estatal russa de energia, afeta diretamente a Ucrânia, que já vinha sofrendo com a diminuição do fluxo de gás desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. A justificativa oficial da Gazprom aponta para problemas técnicos em uma turbina, alegação contestada pelo operador ucraniano de gás, que afirma que a redução se trata de uma medida política.

A dependência energética de países do leste europeu em relação à Rússia, deixa nações como Polônia, Eslováquia, Hungria e República Tcheca vulneráveis a interrupções no fornecimento. Embora esses países tenham buscado diversificar suas fontes de energia nos últimos anos, a dependência do gás russo ainda é significativa, especialmente para aquecimento no inverno. A redução de 60% no fluxo para a Ucrânia implica um impacto direto na capacidade de reexportar gás para esses países vizinhos.

A União Europeia, que tem buscado reduzir sua dependência do gás russo desde o início da invasão russa à Ucrânia, monitora de perto a situação. A Comissão Europeia declarou estar preparada para auxiliar os países membros afetados, mas não forneceu detalhes sobre medidas específicas.

Especialistas alertam para o potencial de aumento nos preços de energia na região, e para a necessidade de reforço de estratégias para a diversificação de fontes e a eficiência energética. A situação também levanta preocupações geopolíticas, uma vez que o gás natural se tornou uma arma estratégica nas relações internacionais.

A continuidade do conflito na Ucrânia e a postura da Rússia em relação ao fornecimento de gás, mantém a insegurança energética na região em alta e as perspectivas para os próximos meses incertas. A pressão para uma maior diversificação de fontes e uma redução da dependência do gás russo tornou-se ainda mais urgente após a medida anunciada pela Gazprom.

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