Copom prevê novo aumento e Brasil terá em março a Selic mais alta em 8 anos



– O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter o ritmo de alta da taxa Selic, elevando-a para 13,75% ao ano. Essa decisão, anunciada nesta quarta-feira, representa a taxa básica de juros mais alta no Brasil em oito anos e sinaliza uma continuidade da estratégia de combate à inflação. A projeção é que, em março de 2024, a Selic atinja o seu ápice.

A reunião do Copom, que ocorreu entre os dias 28 e 29 de novembro, resultou em um consenso entre os membros do comitê quanto à necessidade de elevar a taxa de juros. A justificativa, conforme o comunicado oficial, reside na persistência da inflação acima da meta estabelecida pelo Banco Central. Embora haja sinais de desaceleração em alguns indicadores, a instituição entende que o aumento da Selic se faz necessário para garantir a convergência da inflação para as metas de 2024 e 2025. A autoridade monetária monitora de perto a evolução da inflação e a formação de expectativas de preços.

O comunicado do Copom destaca a preocupação com os riscos fiscais e a necessidade de manutenção da credibilidade da política monetária. A incerteza em relação ao arcabouço fiscal para 2024 também influenciou a decisão, reforçando a necessidade de uma política monetária mais restritiva para ancorar as expectativas inflacionárias e garantir a estabilidade econômica do país. A expectativa é que o ciclo de altas da Selic se encerre em março, quando a taxa deverá chegar a 13,75%, nível não visto desde março de 2016.

A decisão do Copom impactará diretamente o custo do crédito no país, afetando empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e investimentos. Analistas econômicos já se manifestam sobre as consequências dessa nova alta para a economia, com previsões divergentes sobre o impacto no crescimento econômico e no mercado de trabalho. A incerteza sobre o futuro da economia brasileira permanece, dependendo fortemente da evolução da inflação e do cenário político-fiscal nos próximos meses. O Banco Central reforça o compromisso de continuar monitorando a situação e adotar as medidas necessárias para atingir suas metas de inflação.

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